De 6 a 8 de junho, o Distrito Federal se tornará a capital da saúde e da medicina brasileira. Médicos de todo o país, lideranças
da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), da
Frente Parlamentar de Saúde, deputados e senadores, além dos ministros da Saúde e Educação, José Gomes Temporão e Fernando
Haddad, respectivamente, vão protagonizar uma discussão crítica sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), desde a questão do financiamento
até o atendimento aos cidadãos, sobre as relações dos médicos como prestadores de serviço das áreas pública e privada, a formação
nas universidades e outros pontos essenciais para a qualificação da rede de assistência à saúde aos pacientes. Os debates
acontecerão no XI Encontro Nacional das Entidades Médicas - ENEM, que acontece no Hotel San Marco, em Brasília.
Do CRM-PR, irão os conselheiros Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho, Vice-Presidente, Wilmar Mendonça Guimarães, Segundo
Secretário, Raquele Rotta Burkiewicz, Corregedora e Romeu Bertol.
O presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral, acha que o ENEM 2007 pode ser um marco para a
medicina do país. Considerando que o atual ministro da Saúde tem se mostrado sensível a reivindicações importantes, como a
regulamentação da EC 29, Amaral entende que esse é o momento de levantar absolutamente todos os problemas que os médicos enfrentam
na prática diária para prestar um atendimento adequado ao público e de encaminhar ao ministério sugestões para que sejam resolvidos
com brevidade.
"Além de definir os investimentos de federação, estados e municípios na saúde, devemos deixar claro o que pode ser compreendido
como gasto na área. Se regulamentarmos a Emenda 29, acabarão os desvios para rubricas impróprias e teremos uma verba mais
consistente para melhorar o sistema", afirma Amaral. "Porém, devemos nos aprofundar em outras questões, como a revalidação
de diplomas de médicos formados fora do Brasil, a abertura de escolas de medicina e muitas mais".
Para o presidente da Fenam, Eduardo Santana, o ENEM deste ano tem tudo para costurar a unidade dos médicos tanto nas reivindicações
quanto nas ações. Afinal, adotou-se uma dinâmica diferenciada. As entidades nacionais criaram mecanismos e condições para
que as lideranças e a bases locais fossem ouvidas em inéditos pré-ENEMs estaduais, o que deu à pauta do Encontro a legítima
representação dos anseios da categoria quanto à formação, qualificação e ao trabalho médico, bem como a posição dos médicos
em relação à saúde no Brasil.
"Teremos uma síntese das demandas do movimento médico", adianta Santana. "Cerca de 90% dos temas em pauta foram levantados
em todos os estados. No ENEM, buscaremos consenso também para os 10% restantes para sair à luta com todos os médicos coesos.
A idéia é jogar forte daqui em diante para transformar a saúde do Brasil num exemplo de excelência", assinalou Eduardo Santana.
Na opinião do presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, a realização do ENEM é uma vitória
para a classe médica, especialmente pela união de esforços das entidades promotoras, AMB, Fenam e CFM. Andrade entende que
"o Encontro só é possível porque prevalece entre as entidades médicas o bom-senso, a grandeza dos atores e, principalmente,
o imenso e sincero desejo de trabalhar por um futuro melhor para profissionais e para os pacientes".
"O ENEM discutirá assuntos importantíssimos não apenas para a classe médica, mas também para a sociedade, como a política
pública de recursos humanos na saúde, o Programa de Saúde da Família e o problema das escolas médicas no Brasil, entre outros",
pondera. "Portanto, temos de sair desse debate com propostas de altíssimo nível. Queremos que a comunidade entre ao nosso
lado na luta pelas bandeiras que empunharemos, pois o Brasil não pode mais negar um direito fundamental a seus filhos, que
é uma saúde de qualidade", acentuou o presidente do CFM.
Fonte: CFM
Clique aqui e veja
a programação completa.