09/04/2007
Venda de remédio tarja preta terá controle informatizado
Para vender remédios com tarja preta, farmácias terão que se integrar ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
Controlados
Até abril do próximo ano, todas as farmácias que quiserem continuar vendendo medicamentos com tarja preta deverão se integrar
ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Apresentado na manhã desta terça-feira (03) no Palácio do Planalto,
é um instrumento informatizado que substituirá o atual controle manual no monitoramento destes remédios, que podem causar
dependência física e psíquica se utilizados de forma errada.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, explicou que o sistema
permitirá o cálculo das doses diárias vendidas e o controle do que está sendo consumido. "Se tivermos uma superdose em determinada
região, isso irá nos instrumentalizar para uma ação sanitária mais contundente", afirma.
De acordo com Mello, as farmácias necessitam apenas de um computador e acesso à internet para se integrar ao sistema,
além de um programa (software) para o controle dos medicamentos controlados, que será escolhido por cada comerciante. Ele
afirma que está sendo estudada a concessão de financiamento às farmácias que precisarem comprar um computador.
O responsável pela farmácia deverá repassar os dados sobre a compra, venda, transferência ou perda de medicamentos, com
o nome do médico que prescreveu a receita, do estabelecimento distribuidor e dados técnicos sobre o remédio.
As farmácias de manipulação de todo o país e as drogarias das regiões Sul e Sudeste e do Distrito Federal têm seis meses
para ingressar no sistema. As drogarias do Nordeste têm nove meses e as do Norte e Centro-Oeste, um ano.
As farmácias que não ingressarem no tempo previsto não poderão mais comercializar remédios controlados, como psicotrópicos,
entorpecentes, anabolizantes e anorexígenos (usados para emagrecimento). De acordo com a Anvisa, o estabelecimento que vender
tais produtos sem informar ao sistema poderá ser enquadrado no crime de tráfico de drogas. Atualmente, o Brasil tem cerca
de 70 mil farmácias e drogarias.
Fonte: Agência Brasil.