02/07/2013
Mídias sociais, publicidade médica e paciente informado foram os temas das palestras do segundo dia do evento
A idéia de aderir à era das mídias sociais é se aproximar do público, mas antes o comunicador precisa planejar uma estratégia e metas, afinal “media” (que vem de social media, em inglês), não é o mesmo que mídia (que neste caso significa publicidade, propaganda). Enquanto um comercial vai atingir diretamente aquele a quem se destina, a social media requer trabalho e dedicação constante de forma a conquistar o público e encorajar sua participação, afinal sempre se espera um retorno para aquilo que se posta em uma rede social.
A mesa “Comunicação no Século XXI” abordou a atual situação das mídias sociais e como a comunicação institucional se relaciona com elas. “Rede social não é modinha, 77 milhões de pessoas no país utilizam essa ferramenta e ela está se tornando até mais prática que e-mail porque você não precisa guardar o endereço da pessoa, basta procurar o nome na sua lista de amigos”, afirma Edney Souza.
O palestrante é organizador da Social Media Week São Paulo, Co-Curador da área de Social Media da Campus Party Brasil e do Social Media Labs do InterCon, e também Professor de Redes Sociais na FGV. Para ele, uma das vantagens de a instituição estar presente nas redes sociais é a possibilidade e rapidez de resolução de problemas. Ao responder um post esclarecendo uma dúvida de um usuário, aquela mesma questão já estará respondida para o próximo que acessar o perfil com o intuito de fazer a mesma pergunta. Ou, ainda, algum outro internauta poderá responder se já tiver passado pela mesma situação.
Walden Junior, responsável pela comunicação da FENAM e segundo palestrante da mesa, afirma que o relacionamento da instituição com o público via redes sociais busca um efeito de médio a longo prazo, ao contrário de ações midiáticas de auto impacto que buscam resultados imediatos.
A palestra “O lado do médico e o paciente informado”, ministrada pelo Dr. Leonardo Diamante (http://ldiamante.blogspot.com), focou na ocorrência cada vez mais freqüente de pacientes que chegam ao consultório médico já tendo pesquisado tudo sobre seus sintomas e possíveis doenças no Google – ou, como já se fala, “Dr. Google”. Ele destaca a preocupação com a falta de regulamentação das informações em saúde postadas na internet e o quanto isso influencia o paciente que busca saber sobre a sua condição.
“O paciente não questiona, ele aceita como verdadeiras as informações da internet. Ele passou a ser um consumidor dos serviços em saúde e o Dr. Google atende a qualquer hora, todas as especialidades, qualquer tipo de paciente, não cobra... Uma consulta médica ultimamente é muito rápida, enquanto a da internet dura quanto tempo o paciente quiser”, afirma Diamante. Para ele, o médico de hoje precisa compreender que é parte da solução do paciente informado.
O evento terminou com palestra sobre publicidade médica, proferida pelo 1º vice-presidente do CFM, Dr. Carlos Vital Corrêa Lima.
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