Mostra une instalações artísticas, vídeos e fotografia para contar como a sociedade vem ressignificando a pandemia de Covid-19
com criatividade e esperança. Em cartaz de 1.º a 30 de novembro no Estádio Athletico Paranaense. A entrada é gratuita
A pandemia ainda não terminou, mas as máscaras foram dispensadas, o medo do vírus se foi e os beijos
e abraços voltaram. O que mudou desde quando tudo começou, em março de 2020? O quanto as pessoas se transformaram
desde então? Com o intuito de gerar reflexão sobre a capacidade criativa do ser humano em produzir esperança
diante das adversidades, a Montenegro Produções, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, lança
VIDA – Histórias da Pandemia, exposição de artes visuais multimídia que tem como objetivo
apresentar recortes sobre a reinvenção e a ressignificação da existência humana diante da pandemia
de Covid-19.
Com direção artística do arquiteto e urbanista Felipe Guerra, VIDA traz ambientes
que representam áreas da sociedade fortemente impactadas pela pandemia. Os visitantes serão conduzidos por um
percurso afetivo composto por instalações artísticas criadas pelo artista visual, designer e figurinista
Gustavo Krelling; projeções de minidocumentários com roteiro e direção do artista Eduardo
Ramos; e retratos do fotojornalista Brunno Covello. Com entrada gratuita, a mostra fica em cartaz de 1.º a 30 de novembro,
ocupando totalmente o Piso P3 do prédio do Estádio Athletico Paranaense (Arena da Baixada), que pela primeira
vez sedia uma exposição de artes visuais em suas instalações.
A rotina em sala de aula, em ambientes de trabalho, os impactos nas relações humanas, as modificações
estéticas na arquitetura urbana, as descobertas da ciência, a solidão na velhice. Recortes comuns com
objetivo de conectar as cenas à vida das pessoas. Perspectivas e percepções que além da relevância
histórica, também assumem a função artística de inspirar o olhar dos visitantes da exposição
para o futuro.
"Em épocas de grandes rupturas, os produtos culturais e artísticos contribuem para a transformação
da sociedade como respostas criativas às tragédias. VIDA – Histórias da Pandemia, enquanto produto
cultural gerado a partir de uma lei de incentivo federal com apoio da iniciativa privada, cumpre com o propósito de
democratizar as vozes dessa história e traça um mapa singular dos espaços que operam nossas escolhas entre
o que lembrar e o que esquecer diante de tudo o que vivemos", explica Carolina Montenegro, gestora da Montenegro Produções.
Como parte integrante de um projeto cultural de ARTES VISUAIS que traz em seu resultado uma exposição gratuita,
a iniciativa apresenta trabalhos de artistas curitibanos em um formato original, que irá proporcionar uma experiência
imersiva aos visitantes. "As paredes que compõem o espaço expositivo, onde essas histórias serão
contadas, são paredes de ar, pneumáticas, que funcionam como se fossem grandes pulmões e isso é
totalmente inédito", destaca Felipe Guerra, diretor artístico da mostra. Nessas paredes infláveis serão
projetados minidocumentários com roteiro e direção do artista Eduardo Ramos, que captou em vídeo
as histórias vividas durante a pandemia por 25 pessoas dos mais variados perfis sociais. "Entender que a razão
pela qual nós sobrevivemos e estamos diante do outro talvez seja algum tipo de propósito que possamos lembrar
diariamente: somos uma única vida. Somos um só", ressalta o videomaker.
Completa a exposição VIDA – Histórias da Pandemia um conjunto de três instalações
do artista visual, designer e figurinista Gustavo Krelling totalmente confeccionadas com materiais inusitados e descartáveis,
tratando de questões como: vida e morte, aceitação e negação, lixo e ressignificação.
A primeira delas é uma releitura da obra de arte “A Lição de Anatomia do Dr. Tulp”, do pintor
barroco holandês Rembrandt, representando a união entre arte e ciência médica. "A releitura é
feita com materiais hospitalares inusitados, as golas rufo do período são feitas com gaze tingida, máscaras
descartáveis, luvas, seringas, radiografias e outros materiais do universo médico que estiveram presentes em
nosso cotidiano recente. Trazemos a obra barroca para a contemporaneidade e levantamos reflexões sobre o período
pandêmico que estamos atravessando de uma maneira artística", explica Krelling, que somente nos trajes da cena
utilizou 2 mil pedaços de gaze tingida costurados em patchwork. "As instalações do Gustavo trazem a textura
humana do artesanato para dentro da exposição. Então, temos uma coisa mais hi-tech, das projeções
em vídeo, mas também temos o elemento feito à mão, trabalhado por ele", comenta Guerra.
A experiência dos visitantes será ainda mais imersiva nos dias 5 e 11 de novembro, quando a exposição
VIDA recebe o gupo LAMUSA – Laboratório de Música Antiga da UFPR, para apresentações gratuitas
do recital "As Representações do Humano na Música Barroca". Com duração de 30 minutos,
o programa reúne obras de três compositores barrocos europeus – Marin Marais (1656-1728), Giovanni Rovetta
(1595/7-1668) e Giovanni Felice Sances (1600-1679) –, que dialogam com o conjunto de instalações artísticas
criadas por Gustavo Krelling a partir dos conceitos de vida, morte e fé. Há mais de dez anos se dedicando à
recuperação de obras raras do período barroco, o grupo LAMUSA é formado pelos músicos Matheus
Prust (violino), Silvana Scarinci (alaúde), Thomas Gunther Jucksch (violoncelo) e a soprano Ana Luisa Vargas, que recriam
as técnicas de interpretação da época ao resgatar óperas inéditas e concertos com
repertórios esquecidos no tempo.
Livro e ações sociais
Além da exposição de artes visuais, o projeto cultural VIDA – Histórias da Pandemia
também inclui a publicação de um livro de mesmo nome, que reúne mais de 100 relatos de médicos,
historiadores, pesquisadores, professores, psicólogos, filósofos entre outros profissionais sobre a vida na
pandemia, em textos dos jornalistas Daniélle Carazzai, Guilherme Krauss, Katia Brembatti e Rafaela Mascarenhas Rocha.
Uma primeira edição do livro foi lançada em 2021, com tiragem de 2 mil exemplares e distribuição
gratuita e dirigida para escolas e bibliotecas. Uma reedição online, com novos textos atualizando o contexto
da pandemia nos dias de hoje, será lançada junto com a exposição e disponibilizada para
download gratuito no site da Montenegro.
Como desdobramento social do projeto, a primeira ação do projeto cultural VIDA – Histórias
da Pandemia foi apresentada pela Montenegro, a Unimed Curitiba e a Associação dos Amigos do HC em maio de 2021:
uma projeção de vídeos na fachada do Hospital de Clínicas, em que profissionais de saúde
diretamente envolvidos no enfrentamento da pandemia contavam suas experiências dentro de um dos maiores centros de combate
à Covid-19 no país. Este ano, as ações sociais do projeto tiveram sequência nas sedes da
Associação Amigos do HC, instituição apoiadora do projeto, e da Associação Beneficente
São Roque, localizada em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, que puderam oferecer oficinas de grafitti
para seus colaboradores e frequentadores com o artista visual curitibano Michael Devis, um dos produtores do renomado encontro
internacional de grafiteiros Street of Styles. Juntos, eles criaram murais que inspiram a superação após
a pandemia. “A proposta é refletir sobre o que passamos e externar de forma mais leve tudo o que aconteceu”,
conta Devis, para quem a arte tem um papel muito importante, pois expressa sentimentos, convida à superação
e inspira as pessoas a seguirem em frente.
O projeto VIDA tem patrocínios das empresas Unimed Curitiba, Grupo Barigüi, Greca Asfaltos, Sanepar, Sideral
Linhas Aéreas, GDM Genética do Brasil, Peróxidos do Brasil, Jaguá Frangos, Vanleather Indústria
e Comércio de Couros, Tecnolimp, BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, BRFértil, Eletrofrio,
Schattdecor, Engepeças, Ravato Combustíveis, Nórdica Veículos, Magnetron, Tratornew, MA Máquinas
Agrícolas, Magparaná e Agromaster Máquinas Agrícolas, com apoios de Casa da Fazenda, F2 Iluminação,
JSA Consultoria e Treinamentos em Segurança do Trabalho, Nordecor e Guanabara Produção Cultural.
Serviço:
VIDA – HISTÓRIAS DA PANDEMIA – EXPOSIÇÃO DE ARTES VISUAIS
CURITIBA
De 1.º a 30 de novembro de 2022
Local: Estádio Athletico Paranaense (R. Buenos Aires, 1.260, Piso P3)
Horários: Todos os dias, das 10h às 22h (dias 8 e 13, das 10h às 17h; dias 14 e 21, excepcionalmente
fechada para visitação).
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
RECITAIS – LAMUSA – LABORATÓRIO DE MÚSICA ANTIGA DA UFPR
Dias 5 e 11 de novembro de 2022
Local: Estádio Athletico Paranaense (R. Buenos Aires, 1.260, Piso P3)
Horários: Dia 5/11 (sábado), às 11h, 12h e 17h30; dia 11/11 (sexta-feira), às 17h, 17h30
e 18h
Duração: 30 minutos
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Informações para a imprensa:
Ana Paulla Righetto
41 9 91177109