01/12/2013
Reabertura foi garantida após a proposta da prefeitura de ceder médicos dos postos de saúde que possuem especialidade para atuar em UTI
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica do Hospital Evangélico, na região central de Londrina, reabriu às 7h de domingo (1º de dezembro) e já voltou a abrigar cinco crianças. Uma delas nasceu no local, outra estava na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e retornou ao setor e as demais voltaram do Hospital Infantil.
De acordo com dados da assessoria de imprensa da Associação Evangélica Beneficente de Londrina (Aebel), os dez leitos já estão disponíveis para recepção de pacientes. Nesta primeira semana, o hospital fechou a escala de plantões apenas com os cinco profissionais que já atuavam no local, mas espera contar com quatro pediatras intensivistas da rede municipal nos próximos dias.
A reabertura foi garantida após a proposta da prefeitura de ceder médicos dos postos de saúde que possuem especialidade para atuar na UTI. Os nomes desses profissionais chegaram ao Evangélico na sexta-feira (29) e eles devem ser contatados nesta segunda-feira. Os buracos que serão deixados por eles na rede municipal serão cobertos através de horas extras.
O município só aprovou a parceria mediante compensação financeira. Como os médicos da rede municipal recebem salários fixos, os valores pagos a eles por procedimento no Hospital Evangélico serão entregues à administração para bancar as horas extras.
A Aebel sustenta que são necessários 11 médicos para manter a UTI aberta. A sobrecarga de trabalho foi um dos motivos que levou os pediatras do hospital a deixarem seus cargos, o que inicialmente causou o fechamento do setor no dia 21 de novembro. Eles também criticavam o baixo valor tabelado pelo SUS e os atrasos no repasse.
Os profissionais só concordaram em retornar aos cargos após promessa da prefeitura de amenizar os problemas. A solução emergencial encontrada é temporária, pois a Procuradoria Jurídica do Município indicou que a cessão de médicos só é válida até janeiro. Porém, o hospital acredita que até lá, os problemas sejam resolvidos, pois os residentes se formam e será possível contratar mais profissionais próprios para fechar a escala.
Fonte: O Diário de Maringá