24/03/2009
Tuberculose cai no Brasil
Brasil viu a incidência da doença diminuir em 24,4% entre 2000 e 2007. As mortes foram reduzidas em 31%. Centro-Oeste tem
a menor taxa.
Referência no combate à tuberculose entre os países em desenvolvimento, o Brasil reduziu em 24,4% a incidência da doença e em 31% as mortes no país entre 2000 e 2007 - quando foram registrados 72 mil novos casos, com uma média nacional de 38,2 infectados por 100 mil habitantes. Há dois anos, 4,5 mil brasileiros morreram de tuberculose. Em 2000, foram notificados 47,8 casos por 100 mil habitantes (em 1990, a taxa era de 51,4). A meta nacional é chegar a 2011 com, no máximo, 70 mil novos casos. Os números foram divulgados ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o 3º Fórum Mundial de Parceiros Stop TB, principal evento internacional sobre iniciativas de erradicação da doença, que ocorre até amanhã no Rio de Janeiro.
Aproximadamente 70% dos casos de tuberculose estão concentrados em 315 dos 5.565 municípios brasileiros. O Rio de Janeiro lidera o ranking, com 73,27 casos por 100 mil habitantes, seguido por Amazonas (67,60), Pernambuco (47,79), Pará (45,69) e Ceará (42,12). O Centro-Oeste é a região que apresenta a menor taxa do país. Em Goiás, foram notificados 9,57 doentes por 100 mil habitantes e, no Distrito Federal, a taxa ficou em 12,09.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, nos últimos três anos o Brasil passou da 14ª para a 16ª posição no ranking mundial da doença. Em incidência, o país ocupa a 108º posição. "Nosso objetivo é sair dessa relação em curto prazo", afirma Draurio Barreira, coordenador-geral do Programa de Controle da Tuberculose no ministério. Os dados mais recentes sobre a doença devem ser divulgados hoje, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, durante o 3º Fórum de Parceiros Stop TB.
Quando descobriu que tinha tuberculose no ano passado, o atendente Fernando Veras, 43 anos, achou que não havia cura para a doença. Abalado com a notícia, o comerciário ficou com medo, pois lembrou que o irmão do cunhado dele tinha morrido de tuberculose. Curado desde fevereiro passado, o morador de Samambaia Norte leva uma vida normal e agradece o tratamento recebido no Hospital-Dia. "A obrigatoriedade de comparecer diariamente, por um mês, ao hospital para tomar os medicamentos foi muito importante para cumprir o tratamento da forma correta."
Vacina
O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na luta contra a tuberculose, Jorge Sampaio, estima que uma nova vacina para a doença deve ser aprovada entre 2013 e 2015. "A crise preocupa, porque para isso é preciso mais dinheiro", alerta. A vacina é uma das armas da medicina para alcançar a meta da ONU, que definiu como um dos objetivos do milênio reduzir pela metade a incidência da doença entre 1990 e 2015.
Enquanto a nova vacina contra a tuberculose não está disponível, o Sistema Único de Saúde contará com um novo medicamento para tratar a doença a partir do segundo semestre deste ano. O novo esquema terapêutico, recomendado pela OMS, aumentará o número de drogas de três para quatro, mas reduzirá a quantidade de comprimidos diários de seis para dois.
Fonte: Correio Brasiliense
Referência no combate à tuberculose entre os países em desenvolvimento, o Brasil reduziu em 24,4% a incidência da doença e em 31% as mortes no país entre 2000 e 2007 - quando foram registrados 72 mil novos casos, com uma média nacional de 38,2 infectados por 100 mil habitantes. Há dois anos, 4,5 mil brasileiros morreram de tuberculose. Em 2000, foram notificados 47,8 casos por 100 mil habitantes (em 1990, a taxa era de 51,4). A meta nacional é chegar a 2011 com, no máximo, 70 mil novos casos. Os números foram divulgados ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o 3º Fórum Mundial de Parceiros Stop TB, principal evento internacional sobre iniciativas de erradicação da doença, que ocorre até amanhã no Rio de Janeiro.
Aproximadamente 70% dos casos de tuberculose estão concentrados em 315 dos 5.565 municípios brasileiros. O Rio de Janeiro lidera o ranking, com 73,27 casos por 100 mil habitantes, seguido por Amazonas (67,60), Pernambuco (47,79), Pará (45,69) e Ceará (42,12). O Centro-Oeste é a região que apresenta a menor taxa do país. Em Goiás, foram notificados 9,57 doentes por 100 mil habitantes e, no Distrito Federal, a taxa ficou em 12,09.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, nos últimos três anos o Brasil passou da 14ª para a 16ª posição no ranking mundial da doença. Em incidência, o país ocupa a 108º posição. "Nosso objetivo é sair dessa relação em curto prazo", afirma Draurio Barreira, coordenador-geral do Programa de Controle da Tuberculose no ministério. Os dados mais recentes sobre a doença devem ser divulgados hoje, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, durante o 3º Fórum de Parceiros Stop TB.
Quando descobriu que tinha tuberculose no ano passado, o atendente Fernando Veras, 43 anos, achou que não havia cura para a doença. Abalado com a notícia, o comerciário ficou com medo, pois lembrou que o irmão do cunhado dele tinha morrido de tuberculose. Curado desde fevereiro passado, o morador de Samambaia Norte leva uma vida normal e agradece o tratamento recebido no Hospital-Dia. "A obrigatoriedade de comparecer diariamente, por um mês, ao hospital para tomar os medicamentos foi muito importante para cumprir o tratamento da forma correta."
Vacina
O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) na luta contra a tuberculose, Jorge Sampaio, estima que uma nova vacina para a doença deve ser aprovada entre 2013 e 2015. "A crise preocupa, porque para isso é preciso mais dinheiro", alerta. A vacina é uma das armas da medicina para alcançar a meta da ONU, que definiu como um dos objetivos do milênio reduzir pela metade a incidência da doença entre 1990 e 2015.
Enquanto a nova vacina contra a tuberculose não está disponível, o Sistema Único de Saúde contará com um novo medicamento para tratar a doença a partir do segundo semestre deste ano. O novo esquema terapêutico, recomendado pela OMS, aumentará o número de drogas de três para quatro, mas reduzirá a quantidade de comprimidos diários de seis para dois.
Fonte: Correio Brasiliense