04/10/2007

Tratamento ainda é caro

Os avanços dos últimos anos na área da reprodução humana, com o surgimento de novas técnicas e a redução dos efeitos colaterais dos medicamentos, são inegáveis. Mas, um fator ainda continua afastando quem sonha se tornar pai e mãe dos benefícios da ciência: o alto custo do tratamento. A estimativa dos médicos é que sejam necessárias, no mínimo, três tentativas para que o resultado do teste de gravidez seja positivo. E o custo médio de cada tentativa gira em torno de R$ 15 mil.
Foi aproximadamente esse valor que a psicóloga Priscilla Auad Sabath, de 35 anos, e o marido dela, o odontólogo Márcio Rogério de Oliveira Sabath, 34, desembolsaram pelo tratamento que resultou no nascimento de Victor. "Valeu a pena", comemora Priscilla, que deu à luz a criança há sete meses. Ela recorda que, quando o bebê nasceu, ela e o marido ainda pagavam parte do empréstimo que se viram obrigados a fazer para custear o tratamento. E Priscilla deu sorte. Victor é fruto da primeira tentativa do casal.
A mãe recebeu quatro embriões - o número máximo que deve ser implantado a cada tentativa, de acordo com uma resolução do Conselho Federal de Medicina. "Esperava que dois se desenvolvessem, mas apenas o Victor nasceu", conta Priscilla, que já se prepara para uma segunda gestação, a partir de janeiro. Ela tem a expectativa de que, desta vez, a gravidez aconteça naturalmente. "Mas, se não der certo, faremos uma nova fertilização in vitro", diz.
Preço pela metade
Os especialistas da área reconhecem o alto custo do tratamento, mas apontam alternativas para casais de menor renda. Uma delas é o Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, criado em 1992. Os pacientes, que devem ser encaminhados ao laboratório por unidades de saúde, arcam apenas com os gastos dos medicamentos e materiais, o que reduz em mais da metade o custo. Criado por um grande laboratório farmacêutico, o projeto Acesso, que tem a adesão de duas das quatro clínicas de reprodução assistida da capital, também assegura aos pacientes descontos de até 50% no tratamento.
Fonte: O Popular (GO)

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