16/06/2009
Tecnologia e atitudes preventivas são formas de controlar o agravamento de lesões
Evento do Hospital Pilar abordará soluções e novas técnicas para tratamento de problema que afeta grande parte da população
O tratamento de feridas envolve mais do que o simples uso de curativos e pomadas. Atualmente há métodos modernos como a oxigenoterapia hiperbárica, utilização de laser e até mesmo o vácuo para tornar a cicatrização mais rápida e eficaz. Este será o tema do III Encontro Multidisciplinar sobre Tratamento de Feridas e Oxigenoterapia Hiperbárica, que será promovido pelo Hospital Pilar nos dias 19 e 20 de junho no Hotel Radisson.
Um dos graves problemas de saúde encontrados em hospitais é a úlcera por pressão (UP), que consiste na lesão causada na pele e partes moles (tecidos como músculos, gordura, vasos sanguíneos) decorrente da pressão exercida por uma proeminência óssea do próprio paciente contra a cama, sofá e maca, por exemplo, em que possa estar deitado ou cadeira de rodas em que esteja sentado. Este mecanismo de compressão promove uma isquemia, ou seja, a diminuição de circulação sanguínea em uma parte do corpo, levando à necrose dos tecidos. No início pode haver somente uma "vermelhidão" no local sob pressão. Na sequência podem aparecer bolhas e feridas, podendo facilmente evoluir para úlceras.
De acordo com o médico responsável pela Comissão de Feridas e Curativos e pelo serviço de Medicina e Oxigenoterapia Hiperbárica do Hospital Pilar, Dr. Adriano Mehl, 40% dos pacientes hospitalizados sofrem de úlcera por pressão. "Estes são índices acima dos estipulados como aceitáveis pelas organizações mundiais de saúde. Na Europa, para se ter uma ideia, o índice é de apenas 6%. Isto só irá mudar através da educação, por isso, a importância de promover eventos como este", afirma o médico e coordenador do evento. Para ele, as pessoas precisam saber que há técnicas, tecnologias e curativos que podem trazer mais benefícios aos pacientes. Porém, dr. Mehl acredita que mais importante do que isso é que os profissionais da saúde saibam prevenir o aparecimento das lesões.
Segundo o médico, o tratamento para evitar a UP é simples e envolve atitudes como orientar a mudança de decúbito (posição) do paciente acamado no máximo a cada duas horas e quando colocado sentado em cadeira, a cada 15 minutos sentado, ficar um minuto em alívio (suspenso); manter o paciente nutrido e hidratado e observar se o leito no qual o paciente ficará deitado ou sentado está seco e sem dobras na roupa de cama. "Muito importante é não fazer massagens em regiões já avermelhadas achando que isso melhora o problema e usar produtos de origem questionável e receitas caseiras para o tratamento. Infelizmente ainda recebo muitos pacientes portadores de úlceras por pressão fazendo uso de produtos como água oxigenada, óleos, álcool, sabões, chás, folhas, pós-secantes, pastas e cremes que podem lesar mais os tecidos e piorar sensivelmente a evolução da cicatrização", diz o médico.
No momento em que uma ferida ocorre, alguns cuidados devem ser colocados em prática para evitar maiores complicações. "Caso a ferida seja aguda, provocada por um corte, por exemplo, ou uma ferida crônica com sangramento, deve-se usar uma toalha, lenço ou pano mais limpo o possível, segurando sobre a lesão, e se possível elevando a região (erguer o braço, perna) para diminuir o sangramento, procurando auxílio médico imediato em uma unidade de pronto atendimento. Após seis horas de ocorrido o ferimento já é considerado infectado", alerta dr. Mehl.
Oxigênio como tratamento
Segundo o Dr. Sérgio Sliva, médico intensivista responsável pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Pilar e também um dos coordenadores do evento, outro foco será a abordagem da oxigenoterapia hiperbárica (OHB), uma modalidade terapêutica que consiste na oferta de oxigênio puro em um ambiente pressurizado (câmara hiperbárica) a um nível de pressão acima da pressão atmosférica. "O benefício do tratamento tem como conceito que, com a elevação do nível de oxigênio nos tecidos, ocorre uma melhor cicatrização das lesões", afirma dr. Sliva.
"Alguns benefícios da câmara hiperbárica já são bastante conhecidos, como o tratamento de queimaduras, feridas, gangrenas, além de doenças isquêmicas, infecciosas, traumáticas e de mergulho. Porém, várias indicações serão acrescidas no rol da medicina hiperbárica e algumas destas serão discutidas durante o evento. Por exemplo, o oxigênio puro pode tratar doenças relacionadas ao processo de isquemia aguda e reperfusão (quando o vaso ou artéria comprometida volta a ter circulação), como por exemplo a isquemia cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, entre outras", destaca o médico.
"O uso da oxigenoterapia hiperbárica vem crescendo mundialmente e se for utilizada adequadamente e com critérios, torna o tratamento mais rápido e diminui ainda os dias de internação", orienta.
III Encontro Multidisciplinar sobre Tratamento de Feridas e Oxigenoterapia Hiperbárica.
Data: 19 e 20/06
Horário: dia 19 das 08h00 às 18h00 e dia 20 das 08h00 às 12h30.
Local: Hotel Radisson.
Endereço: Avenida Sete de Setembro, 5190, Batel.
Informações: 3072-7227 / 3072-7317
Fonte: Comunicação Hospital Pilar
O tratamento de feridas envolve mais do que o simples uso de curativos e pomadas. Atualmente há métodos modernos como a oxigenoterapia hiperbárica, utilização de laser e até mesmo o vácuo para tornar a cicatrização mais rápida e eficaz. Este será o tema do III Encontro Multidisciplinar sobre Tratamento de Feridas e Oxigenoterapia Hiperbárica, que será promovido pelo Hospital Pilar nos dias 19 e 20 de junho no Hotel Radisson.
Um dos graves problemas de saúde encontrados em hospitais é a úlcera por pressão (UP), que consiste na lesão causada na pele e partes moles (tecidos como músculos, gordura, vasos sanguíneos) decorrente da pressão exercida por uma proeminência óssea do próprio paciente contra a cama, sofá e maca, por exemplo, em que possa estar deitado ou cadeira de rodas em que esteja sentado. Este mecanismo de compressão promove uma isquemia, ou seja, a diminuição de circulação sanguínea em uma parte do corpo, levando à necrose dos tecidos. No início pode haver somente uma "vermelhidão" no local sob pressão. Na sequência podem aparecer bolhas e feridas, podendo facilmente evoluir para úlceras.
De acordo com o médico responsável pela Comissão de Feridas e Curativos e pelo serviço de Medicina e Oxigenoterapia Hiperbárica do Hospital Pilar, Dr. Adriano Mehl, 40% dos pacientes hospitalizados sofrem de úlcera por pressão. "Estes são índices acima dos estipulados como aceitáveis pelas organizações mundiais de saúde. Na Europa, para se ter uma ideia, o índice é de apenas 6%. Isto só irá mudar através da educação, por isso, a importância de promover eventos como este", afirma o médico e coordenador do evento. Para ele, as pessoas precisam saber que há técnicas, tecnologias e curativos que podem trazer mais benefícios aos pacientes. Porém, dr. Mehl acredita que mais importante do que isso é que os profissionais da saúde saibam prevenir o aparecimento das lesões.
Segundo o médico, o tratamento para evitar a UP é simples e envolve atitudes como orientar a mudança de decúbito (posição) do paciente acamado no máximo a cada duas horas e quando colocado sentado em cadeira, a cada 15 minutos sentado, ficar um minuto em alívio (suspenso); manter o paciente nutrido e hidratado e observar se o leito no qual o paciente ficará deitado ou sentado está seco e sem dobras na roupa de cama. "Muito importante é não fazer massagens em regiões já avermelhadas achando que isso melhora o problema e usar produtos de origem questionável e receitas caseiras para o tratamento. Infelizmente ainda recebo muitos pacientes portadores de úlceras por pressão fazendo uso de produtos como água oxigenada, óleos, álcool, sabões, chás, folhas, pós-secantes, pastas e cremes que podem lesar mais os tecidos e piorar sensivelmente a evolução da cicatrização", diz o médico.
No momento em que uma ferida ocorre, alguns cuidados devem ser colocados em prática para evitar maiores complicações. "Caso a ferida seja aguda, provocada por um corte, por exemplo, ou uma ferida crônica com sangramento, deve-se usar uma toalha, lenço ou pano mais limpo o possível, segurando sobre a lesão, e se possível elevando a região (erguer o braço, perna) para diminuir o sangramento, procurando auxílio médico imediato em uma unidade de pronto atendimento. Após seis horas de ocorrido o ferimento já é considerado infectado", alerta dr. Mehl.
Oxigênio como tratamento
Segundo o Dr. Sérgio Sliva, médico intensivista responsável pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Pilar e também um dos coordenadores do evento, outro foco será a abordagem da oxigenoterapia hiperbárica (OHB), uma modalidade terapêutica que consiste na oferta de oxigênio puro em um ambiente pressurizado (câmara hiperbárica) a um nível de pressão acima da pressão atmosférica. "O benefício do tratamento tem como conceito que, com a elevação do nível de oxigênio nos tecidos, ocorre uma melhor cicatrização das lesões", afirma dr. Sliva.
"Alguns benefícios da câmara hiperbárica já são bastante conhecidos, como o tratamento de queimaduras, feridas, gangrenas, além de doenças isquêmicas, infecciosas, traumáticas e de mergulho. Porém, várias indicações serão acrescidas no rol da medicina hiperbárica e algumas destas serão discutidas durante o evento. Por exemplo, o oxigênio puro pode tratar doenças relacionadas ao processo de isquemia aguda e reperfusão (quando o vaso ou artéria comprometida volta a ter circulação), como por exemplo a isquemia cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, entre outras", destaca o médico.
"O uso da oxigenoterapia hiperbárica vem crescendo mundialmente e se for utilizada adequadamente e com critérios, torna o tratamento mais rápido e diminui ainda os dias de internação", orienta.
III Encontro Multidisciplinar sobre Tratamento de Feridas e Oxigenoterapia Hiperbárica.
Data: 19 e 20/06
Horário: dia 19 das 08h00 às 18h00 e dia 20 das 08h00 às 12h30.
Local: Hotel Radisson.
Endereço: Avenida Sete de Setembro, 5190, Batel.
Informações: 3072-7227 / 3072-7317
Fonte: Comunicação Hospital Pilar