22/07/2011

Técnicas experimentais de cirurgia bariátrica continuam proibidas, esclarece CFM

Em nota, Conselho explica que são necessários mais estudos e pesquisas que comprovem a segurança e a eficácia de procedimentos como o aplicado no apresentador Fausto Silva


O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou no dia 22 de julho, nota de esclarecimento à sociedade, ressaltando que as atuais normas para cirurgias bariátricas continuam em vigor. O plenário do conselho rejeitou, por enquanto, a inclusão de técnicas experimentais como a gastrectomia vertical com interposição de íleo - técnica à qual se submeteu o apresentador Fausto Silva - e a menos conhecida gastrectomia vertical associada à bipartição do trânsito ileal.

A Resolução CFM 1942/2010, portanto, não sofreu alterações. A norma estabelece padrões seguros para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe. De acordo com o Conselho, para que novas técnicas indicadas a este tipo de intervenção sejam autorizadas é necessária avaliação de mais estudos e pesquisas que comprovem sua eficácia e sua segurança para os pacientes.

Confira a íntegra da nota abaixo:


Esclarecimento à sociedade

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informa que seu plenário - reunido em 14 de julho - deliberou aguardar o desenvolvimento e a apresentação de novos estudos e pesquisas que justifiquem alterações na Resolução CFM 1942/2010, que estabelece normas seguras para o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida, definindo indicações, procedimentos e equipe. Ou seja, a regra atual continua a valer e não sofreu alterações.

Na avaliação da entidade, técnicas recentes - como a gastrectomia vertical com interposição de íleo - ainda precisam de mais estudos e pesquisas que comprovem sua eficácia e sua segurança para os pacientes para serem autorizadas.

A Câmara Técnica de Cirurgia Bariátrica, criada pelo CFM especialmente para analisar os trabalhos desenvolvidos na área, continuará ativa. O grupo avaliará estudos e pesquisas, sendo que se os resultados indicarem eficácia e segurança de técnicas analisadas, o debate poderá ser reaberto de forma a oferecer ao brasileiro novas opções terapêuticas.


Fonte: CRM-PR, com informações do CFM e de O Estado de S. Paulo

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