Você é a favor ou contra a permissão dos chamados fumódromos em bares e restaurantes? Esta é a pergunta da pesquisa online
lançada no
site da Assembleia Legislativa sobre a permanência
de Ambiente Reservado para Fumantes na Lei Antifumo. A maioria dos representantes da saúde é contra a criação de áreas isoladas
que permitam o uso do cigarro. O Conselho de Medicina, a Associação Médica do Paraná, Sociedades de Psiquiatria, Tisiologia
e Doenças Torácicas, Pediatria e demais entidades médicas lutam pela qualidade de vida e pela melhoria da saúde da população.
Na opinião do conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Paraná e presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria,
Marco Antonio Bessa, há duas vertentes, a questão ética e a científica que recaem sobre a questão da criação dos fumódromos.
Ele disse que não há estudos científicos que comprovem a eficácia de aparelhos utilizados para filtrarem ambientes e torná-los
livres dos malefícios do cigarro. "Portanto, não somente aqueles que estão trabalhando, mas os frequentadores eventuais dos
ambientes estarão expostos a essa fumaça. Além disso, a restrição e a falta do fumódromo é um benefício para os próprios tabagistas,
uma vez que eles irão fumar menos nos ambientes", destacou.
Para participar da pesquisa, acesse o site
href="http://www.aleppr.com.br/?pag=pesquisa" target="_blank">www.aleppr.com.br/?pag=pesquisa.
Representantes da Classe Médica se reúnem com Artagão Junior e debatem futuro do Projeto Antifumo
O deputado Artagão Junior recebeu esta semana em seu gabinete, representantes da classe médica no Paraná. Em pauta, o
projeto em tramitação na Assembleia Legislativa que proíbe o fumo em locais de uso coletivo no Estado. Eles aproveitaram para
mostrar ao deputado uma aprofundada pesquisa acadêmica sobre os malefícios do fumo para a saúde. Na próxima segunda-feira,
Artagão vai apresentar à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), um relatório sobre os recursos apresentados pelos deputados
que tiveram suas emendas de plenário rejeitadas. Em sua maioria, as emendas tratam sobre a questão do fumo em ambientes fechados
(fumódromo).
O estudo apresentado pelos médicos inclui os efeitos sobre os fumantes passivos, cujos riscos de contrair doenças como
câncer, bronquite e enfisema são praticamente os mesmos, de acordo com relatório apresentado pela Chefe da Divisão de Riscos
Cardiovasculares da Secretaria de Saúde, Iludia Rosalinski. A polêmica sobre o fumódromo foi amplamente analisada no estudo.
Iludia destaca que os fatos apresentados reiteram os malefícios da fumaça ambiental dos cigarros e mostram que a simples
ventilação não soluciona o problema do fumante passivo. "A única solução viável é, efetivamente, a proibição do fumo", explica.
A pneumologista Luci Bendhack, presidente da Sociedade Paranaense de Penumologia e Tisiologia, disse que o Paraná precisa
se somar aos outros estados que já aprovaram e colocaram em prática a Lei Antifumo. E justifica: "O que se gasta com o SUS
para tratamento de doenças oriundas do tabaco, drogas e bebidas alcoólicas é muito mais do que se arrecada com os impostos".
De fato, os números falam alto: o Governo gasta anualmente cerca de R$ 500 milhões no tratamento de doenças originadas
pelo cigarro. Do diagnóstico da doença até a morte, o custo do tratamento para o Sistema Único de Saúde é de R$ 44 mil por
paciente, números que impressionam aqueles que desconhecem os prejuízos da indústria do tabaco para a saúde pública, mas que
não surpreendem os médicos.
Paraná foi pioneiro na luta contra o tabaco
O médico Jayme Zlotnik, presidente da Associação Paranaense contra o Fumo e representante da Associação Médica do Paraná
reafirmou a disposição da categoria na luta contra o tabagismo. Segundo ele, o Paraná foi pioneiro nessa luta, já que em 1971,
o então prefeito Jaime Lerner sancionou a primeira lei municipal, proibindo o fumo nos ônibus do transporte coletivo municipal.
Dez anos depois, um movimento contra o tabagismo ganhou corpo com a organização da primeira "Greve do Fumo", encabeçada pela
Sociedade Médica do Paraná e organizada pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Na ocasião, o jovem jornalista Odailson Spada coordenou as ações na área de comunicação e assessoria de imprensa, mobilizando
milhares de curitibanos na luta contra o tabaco. O trabalho ganhou as ruas de Curitiba no dia 29 de agosto de 1980. Na ocasião,
foram recolhidas 147.842 assinaturas de cidadãos que apoiavam o movimento. O documento foi enviado à Brasília, juntamente
com o apelo de proibir a propaganda de cigarros em veículos de comunicação impressos e eletrônicos. No ano seguinte, o número
de assinaturas chegou a 205.680. A iniciativa sensibilizou tanto o governo que em 1985, a Associação foi chamada à Brasília
para presenciar a assinatura da primeira lei federal sobre o tabagismo.
Nostálgico, Odailson Spada se recorda com a satisfação de quem esteve na linha de frente da luta contra o tabaco. O lema
não poderia ser mais oportuno: "Paraná, um Estado de alerta contra o fumo". "Fomos às ruas e gritamos: Povo de Curitiba! Os
fabricantes de cigarros têm interesses óbvios em induzir a juventude ao vício. Mas é nossa obrigação defender a saúde de nossos
filhos. Fumar não é um hábito normal ou elegante como sugere a propaganda. Ao contrário, é um vício antissocial e anti-higiênico.
Fumar só faz bem aos que lucram com a venda de cigarros. Está na hora, portanto, de dar uma resposta aos que pensam que a
população será eternamente passiva. Está na hora de fazer um protesto coletivo contra o fumo. Faça a greve do fumo".
Jayme Zlotnik lembrou que a conscientização vem alcançando níveis mundiais. Nos Estados Unidos, as leis são cada vez mais
restritivas e a Europa também já mostra algum avanço. "Mas o mais importante é que haja essa restrição aos fumódromos, pois
a medicina já provou que as 42 substâncias cancerígenas existentes no tabaco podem causar 56 tipos de doenças. É preciso que
fique claro que não estamos discriminando o fumante. No entanto, por outro lado, precisamos defender os fumantes passivos",
concluiu.
Artagão se surpreende com "nova" discussão da candidatura peemedebista
O deputado Artagão Junior (PMDB) se mostrou surpreso com a discussão que vem acontecendo nos últimos dias sobre os rumos
da candidatura peemedebista ao Governo do Estado. Segundo ele, não há porque que se falar em aguardar esta ou aquela definição
para defender ou viabilizar uma candidatura que já está lançada.
"Pessuti é o candidato do PMDB e tudo indica que ele será governador do Estado no primeiro semestre de 2010. Portanto,
candidato natural à reeleição. Além disso, estou certo de que vai disputar o pleito com chances reais de vitória por tudo
que ele já fez como homem público, pelo seu trabalho, carisma, pela capacidade de aglutinar importantes lideranças em todo
o Estado e principalmente pela sua integridade", defendeu Artagão.
Fonte: Alep