29/04/2008

Supervisão de cursos de Medicina começa hoje





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Lista com 30 cursos será divulgada após conclusão dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade)




Uma comissão coordenada pelo ex-ministro da Saúde, Adib Jatene supervisiona, a partir de hoje, os cursos de Medicina que apresentaram notas insuficientes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) informou que cerca de 20% dos cursos estão nesta situação, entre particulares e federais. A previsão é que após a supervisão, as universidades assinem termos de compromisso para melhorias. Segundo o governo, a lista com os nomes de aproximadamente 30 cursos será divulgada em breve, quando forem concluídos totalmente os resultados da prova, realizada em 2007.


O presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), José Fernando Macedo,não acredita que instituições do Estado estejam na mira. ''Temos uma qualidade de ensino muito boa e de acordo com as nossas avalições periódicas, formamos médicos de alto nível'', afirma. A supervisão é uma reinvindicação do Conselho Federal de Medicina, além de parâmetros mais rígidos para novos cursos.


De acordo com o CFM, há 172 cursos no Brasil. As notas baixas ficaram entre 1 e 2, em uma escala de 1 a 5. A proposta mais forte para não banalizar o curso, é o corte nas vagas. A medida não prejudica quem já está matriculado. O curso de Direito passou pela mesma situação, e no ano passado, cerca de 20 mil vagas foram limadas em 51 cursos.


A AMP pretende abrir conversas com a Associação de Municípios do Paraná para elaborar um projeto de incentivos, principalmente de qualidade de trabalho, que arrebanhe e fixe profissionais nas localidades. ''Para levar mais médicos para o interior, é preciso ter condições atraentes ambulatoriais, por exemplo, que permitam um desenvolvimento de carreira satisfatório. O bom profissional não visa apenas salário, ele quer infra-estrutura também'', defende Macedo.


O Paraná tem hoje um médico para 500 habitantes. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde é um a cada mil.


Em 14 de abril, o MEC definiu novas regras de avaliação das condições para autorizar a abertura de novos cursos de Medicina pelo País. Agora o curso precisa ser criado por instituições que já tenham outros cursos na área da saúde bem cotados, haver demanda por médicos na área da universidade, ter hospital de ensino próprio ou conveniado por 10 anos, corpo docente qualificado, infra-estrutura como laboratórios e biblioteca.


Fonte: Folha de Londrina




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