A subcomissão especial da Câmara dos Deputados destinada a tratar do financiamento, reestruturação, organização e funcionamento
do SUS apresentou, no dia 10 de outubro, o relatório final dos seus trabalhos sobre a proposta de reforma sanitária e gerencial
do Sistema Único de Saúde.
Acompanharam a divulgação do documento - que aconteceu no Seminário Caminhos para o SUS da Universalidade e Integralidade,
realizado pela Câmara - representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde
(CNS), Frente Parlamentar da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais
de Saúde (Conasems), Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), Associação Brasileira de Educação
Médica, e Conselho Nacional do Ministério Público, entre outros.
O 2.º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, destacou que, após 23 anos, o Brasil ainda busca meios de garantir acesso
universal ao SUS, e que o Estado precisa apresentar respostas à população. "Nós precisamos construir as alianças necessárias
com a responsabilidade de quem tem que dar respostas. Precisamos, como médicos que somos, e entidade que agrega todos os médicos
do Brasil, estar ombreados aqui com vocês nessa luta. Nós apoiamos a regulamentação da EC 29 - o projeto do Tião Viana -,
vamos dar uma resposta ao povo brasileiro sobre financiamento, sair do discurso e ir para a prática das prioridades", afirmou
o conselheiro.
Diretrizes
- Após 180 dias de discussões, que envolveram diversos órgãos e entidades - como o CFM, Conass, Conasems,CNS, Abrasco,
conselhos de odontologia, enfermagem etc. -, os membros da subcomissão apresentaram à sociedade diretrizes que constituem
um ponto de partida para aprimorar o SUS constitucional - universal, integral, descentralizado, sustentável, integrante da
seguridade social.
O relator da subcomissão, deputado Rogério Carvalho (PT-SE), apresentou a síntese das principais propostas formuladas,
que pressupõem a incorporação de alguns elementos conceituais como padrão de integralidade, programação geral de ações e serviços
de saúde individuais e coletivos, diretrizes para a conformação do mapa sanitário, conselhos de gestão, contrato de ação pública
etc.
Um dos vieses apresentados por Carvalho é de que o direito à saúde deve ser reconhecido, incorporado e exigido estatalmente,
e que a realização desse direito deve acontecer via política de Estado. "Nós temos um problema, a ineficiência - a questão
central que nós temos que enfrentar. O caminho não pode ser a aniquilação da inteligência pública na questão gerência e assistência
à saúde, porque do jeito que vimos em alguns países, a ausência dela torna o estado refém das organizações produtivas. Queremos
apresentar os caminhos e recomendar que a gente não aniquile a nossa inteligência", defendeu.
Fonte:
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