25/05/2011

Sociedade Brasileira de Nefrologia vai a Brasília para discutir crise no atendimento nefrológico


A diretoria da SBN irá apresentar ao Ministério da Saúde propostas de melhorias na assistência ao paciente com doença renal e nos procedimentos relacionados á nefrologia. A reunião técnica acontece no dia 19 de maio, em Brasília.




A Sociedade Brasileira de Nefrologia encaminhou, no início de maio, href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/sbn_trs_sus.pdf" target="_blank">ofício ao Ministério da Saúde. A carta, intitulada "Crise na Terapia Renal Substitutiva" (TRS), foi elaborada por mais de 100 médicos nefrologistas e profissionais multidisciplinares que atuam na área, durante o IX Congresso Mineiro de Nefrologia, que reuniu em Ouro Preto, Minas Gerais, especialistas de todo o país. O documento contém propostas para melhorar os procedimentos hemodialíticos e de diálise peritoneal oferecidos para pacientes crônicos e agudos, além de reivindicar o pagamento de honorários médicos. Segundo o presidente da SBN, Daniel
Rinaldi, os procedimentos relativos à diálise fazem parte dos poucos atos médicos que não recebem pagamento de honorários. No dia 19 de maio, a diretoria da sociedade irá discutir as propostas na reunião da 2ª. Câmara Técnica sobre Nefrologia promovida pelo Ministério da Saúde, em Brasília.


"O objetivo é alertar os gestores de saúde sobre a precária situação em que se encontram os serviços de terapia renal substitutiva, que prestam atendimento ao SUS, e apresentar sugestões para garantir a continuidade do tratamento dentro de princípios éticos e humanitários", afirma Rinaldi. Entre as reivindicações estão: readequar os valores dos procedimentos hemodialíticos para pacientes crônicos, com diferenciação de remuneração para pacientes pediátricos, e os valores relativos aos acessos vasculares para hemodiálise; incluir os honorários médicos nos procedimentos hemodialíticos e de diálise peritoneal, tanto de crônicos quanto de agudos; e garantir ao paciente em diálise, por parte do gestor público, o acesso à internação hospitalar através do SUS e o acesso às medicações de alto custo.


Os especialistas alertam também para o sucateamento dos serviços em decorrência de dívidas crescentes com os fornecedores e das dificuldades enfrentadas para compra de insumos e novos equipamentos. "Os nefrologistas são constantemente pressionados pelos fornecedores que protestam seus títulos, não liberam materiais e insumos sem pronto pagamento e ameaçam com a suspensão do fornecimento de materiais para a continuidade de terapia dialítica domiciliar", revela Rinaldi. Assim, a sociedade solicita a liberação dos faturamentos referentes aos atendimentos realizados em datas pré-estabelecidas. A comunidade nefrológica conta com a sensibilidade dos gestores para continuar prestando um tratamento adequado dentro de princípios éticos e de forma digna.



Reivindicações


No início de março, nefrologistas brasileiros já haviam enviado href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/alexandre_padilha_abril.pdf" target="_blank">documento ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertando sobre as restrições no atendimento de pacientes portadores de doenças renais. No documento, enviado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a entidade informava que, em reunião com a Associação Brasileira de Diálise e Transplante e membros da Secretaria de Atenção à Saúde no mês de fevereiro, apontou as dificuldades em se manter os serviços de Terapia Renal Substitutiva (TRS) no Sistema Único de Saúde (SUS), devido aos atrasos e defasagem de pagamentos. Na oportunidade, a entidade apresentou propostas, com ênfase na prevenção da doença.


Para o presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia, Sergio Marks, a deterioração progressiva das condições necessárias para o bom atendimento tem preocupado os especialistas. "Nossos serviços estão sucateados em decorrência de dívidas crescentes. Temos dificuldades pra comprar insumos e manter os equipamentos utilizados, bem como adquirir novas máquinas", explica. Para ele, o trabalho de esclarecimento e alerta aos responsáveis é essencial para definir soluções do problema.



Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia e CRM-PR.

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