05/10/2006
Situação é crítica em hospitais universitários do interior do PR
Hospitais universitários estão lotados
Pacientes de Maringá, região Noroeste do Paraná, enfrentam um dia-a-dia de angústia e superlotação no Hospital Universitário
da cidade. Ao invés de estarem em enfermarias e Unidades de Tratamentos Intensivos, pacientes ficam em macas improvisadas
pelo corredor da instituição. Mas o problema não atinge só a cidade de Maringá.
De acordo com a reportagem do ParanáTV desta quarta-feira, a situação em Londrina, na região Norte, também é precária.
Os pacientes que chegam até o HU da cidade são internados até nas salas usadas para consultas. Em Cascavel, no Oeste, faltam
vagas de UTI e os pacientes das 20 cidades na região que buscam atendimento não conseguem internação.
Em Maringá, o problema continua grave. Na terça o ParanáTV mostrou que um homem de 83 anos, por exemplo, sofreu um derrame
e está internado em uma UTI improvisada nos corredores do HU há quatro dias. Nesta quarta foram feitos cerca de 60 atendimentos
que precisariam de internamento, mas os 28 leitos, corredores e salas de espera do HU já estão completamente lotados. Cerca
de 40 municípios mandam pacientes diariamente para a cidade.
Os novos médicos que atendem nos hospitais aprendem diariamente como trabalhar no meio de uma crise no sistema de saúde.
Pacientes se apegam a orações para pedir a cura para suas doenças, afinal só assim poderão ir para casa em paz.
Os candidatos ao governo do Paraná estão apresentando algumas propostas para melhorar a saúde no estado, mas por enquanto
os problemas continuam.
Santa Casa de Campo Mourão enfrenta problemas
Pacientes que necessitam do atendimento de um ortopedista, clinica médica ou ainda de internação na Santa Casa de Campo
Mourão, na região Noroeste do PR, terá de procurar um outro hospital. A entidade vive uma das piores crises financeiras de
sua história e está atendendo apenas casos de emergência pediátrica e maternidade.
Durante a semana, pacientes não emergenciais de outros municípios foram obrigados a retornar para suas casas sem atendimento.
Segundo a direção do hospital, nas prateleiras vazias da farmácia, faltam antibiótico, luvas descartáveis e soro fisiológico.
A situação financeira da Santa Casa, segundo a administração, chegou ao limite por conta do aumento de pacientes atendidos
e pela estagnação dos valores repassados pelos governos estadual e federal.
Com um quadro de 212 funcionários, o hospital que tem uma receita de R$ 350 mil mensais, despesas de R$ 560 mil, e uma
dívida de R$ 1,5 milhão com fornecedores.
Fonte: ParanáTV