03/12/2010
Sistema de cores definirá ordem de atendimento no Hospital Universitário
A partir desta quarta-feira (1.º), o Pronto Socorro do Hospital Universitário Regional de Maringá não atenderá mais os
pacientes pela ordem de chegada. Atendimento levará em conta a prioridade médica
O Hospital Universitário (HU) de Maringá vai alterar a forma de atendimento no Pronto-socorro a partir desta quarta-feira
(1.º). Desta data em diante, os pacientes serão atendidos conforme a gravidade da ocorrência e não mais pela ordem de chegada,
como ocorre atualmente. Para determinar a gravidade de cada caso, os pacientes serão classificados pelo sistema de cores.
As mudanças foram explicadas para a imprensa numa entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (30) no HU.
De acordo com o superintendente do hospital, José Carlos Amador, as alterações irão organizar o fluxo de pacientes. "A gente
não vai correr o risco de ter paciente hipertenso aguardando consultas", explicou na ocasião.
De acordo com a direção do HU, a classificação de risco será realizada por profissional treinado, que seguirá protocolo
estabelecido pelo hospital. A gravidade dos casos será determinada pelas cores, vermelha (casos mais urgentes e de atendimento
imediato), amarela, verde e azul (situações menos graves). Durante a coletiva de imprensa, a enfermeira encarregada do Pronto
Socorro, Hellen Carla Ricki assegurou que, em média, o paciente que for classificado com a cor amarela deverá ser atendido
em 20 minutos.
Projeto do Ministério da Saúde
A alteração faz parte do projeto "Acolhimento com Classificação de Risco" (ACCR), que está incluído na Política Nacional
de Humanização (PNH) implementada pelo Ministério da Saúde. Segundo o chefe da Divisão de Atendimento do PS, Marinaldo José
dos Santos, as mudanças no critério permite agilidade no atendimento e favorecimento para a reorganização do processo de trabalho.
Ele ainda afirmou que o objetivo principal do acolhimento é permitir a classificação do paciente e não excluí-lo. "Por isso,
a palavra triagem não se encaixa, porque ela é excludente".
Capacitação
Para a adoção da metodologia, o hospital teve que capacitar seus profissionais ao longo deste ano, além de fazer a adaptação
de salas e outros espaços físicos. Segundo a assessoria de imprensa da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foram realizadas
oficinas com servidores das áreas de enfermagem, nutrição, laboratório, lavanderia, higiene e limpeza, medicina, farmácia,
serviço social, recepção, costura e da Assessoria Técnico Científica (ATC). Em Maringá os o ACCR já foi implantado no Hospital
Municipal.
Fonte: Gazeta Maringá