11/12/2006

Sinam encerra 2006 com mais de 500 mil usuários

Sistema alternativo proporciona atendimento médico particular por valores
inferiores, sem cobrança de mensalidade e livre de quaisquer restrições






A procura por formas de atendimento médico alternativas ao sistema público e
planos de saúde é cada vez maior entre a população paranaense. É o que
mostram os números do Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam), que
permite aos usuários um atendimento médico particular a preços inferiores e
sem cobrança de mensalidade. Em 2006, o Sinam registrou a adesão de uma
média de 900 usuários titulares por mês, ou 40 por dia útil. Como cada
titular pode incluir um número ilimitado de dependentes - entre cônjuges e
filhos menores de 18 anos -, o sistema chega ao final do ano com mais de 500
mil usuários no Paraná.


A explicação para o sucesso do Sinam está no benefício do sistema tanto aos
médicos quanto aos pacientes. "O Sinam foi criado para beneficiar uma
população de renda inferior, que não pode pagar planos de saúde e
normalmente utiliza o sistema público. Para essas pessoas, o sistema
propicia atendimento particular por valores inferiores, determinados pela
tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos
(CBHPM), e ainda valoriza o profissional da Medicina, permitindo que receba
valores justos pelos procedimentos, sem qualquer intermediação", explica o
cirurgião vascular José Fernando Macedo, presidente da Associação Médica do
Paraná, entidade responsável pelo Sinam. "Além disso, esse tipo de
atendimento possibilita a reaproximação entre o médico e o paciente,
permitindo que os usuários escolham livremente os profissionais que vão
atendê-los, também sem intermediação", completa.


O Sinam foi lançado no Paraná em 1999, com o objetivo de permitir que toda a
população de baixa renda tenha acesso a atendimento médico de qualidade e
que os profissionais da Medicina sejam valorizados em suas atividades.
Direcionado a todas as pessoas, de qualquer idade ou classe social, o Sinam
reúne mais de 2 mil médicos no Estado que atendem aos usuários.


A principal característica é não ser um plano de saúde, já que não cobra
mensalidade, não tem carência, nem restrições de idade ou de doenças
pré-existentes. O valor pago pelos usuários do Sinam por todos os
procedimentos médicos - consultas, exames, cirurgias, terapias etc. - é
apenas o mínimo determinado pela Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM), uma tabela preparada com base em estudo com
as 54 sociedades científicas do País, reunindo todas as tabelas de preço
existentes. Realizada em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), a CBHPM determina os valores mínimos para todos os
procedimentos médicos. O atendimento é particular e o pagamento é feito
diretamente ao profissional que atende o paciente, sem intermediação.


Do triênio 1999/2002 ao período 2002/2005, o número de usuários totais
aumentou mais de 60%. Em 2006, somente o volume de titulares teve um
acréscimo de quase 10 mil pessoas. "A Associação Médica do Paraná tem planos
de melhorar cada vez mais o Sinam. Um dos próximos passos será a inclusão
dos internamentos no sistema, que será possível por meio de parcerias com
hospitais", afirma Macedo.


O cadastramento dos usuários é feito diretamente no Sinam, mediante
apresentação de documentos e preenchimento de uma ficha de inscrição. Mais
informações podem ser obtidas pelo telefone 41 3019 8689 ou pelo site
www.amp.org.br

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