08/11/2009

Simpósio sobre Influenza A (H1N1) reuniu autoridades internacionais em Curitiba

Durante os dias 6 e 7 de novembro, o Paraná realizou primeiro simpósio internacional sobre a nova gripe e recebeu mais de 250 pessoas por dia na Sociedade Paranaense de Pediatria, onde ocorreu o evento. Na imagem, apresentação da chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Rio Grande do Sul, Marilina Bercini, sobre o enfrentamento da gripe, em mesa coordenada pelo presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia e conselheiro do CRMPR, Alceu Fontana Pacheco.



A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) promoveu amplo debate sobre o vírus Influenza A (H1N1) entre os dias 6 e 7 de novembro. O I Simpósio Paranaense de Influenza A (H1N1) reuniu autoridades internacionais e mais de 250 profissionais de saúde estiveram presentes a cada dia. A atividade proporcionou troca de experiências e conhecimentos sobre o novo vírus e suas consequências, além do planejamento de ações para a segunda onda da pandemia no próximo ano. Participaram do evento, membros do Conselho Regional de Medicina, da Associação Paranaense de Controle de Infecção Hospitalar (APARCIH), de Sociedades Paranaenses de Infectologia, Pediatria e Tisiologia e Doenças Torácicas, da Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, da Associação Médica do Paraná e profissionais que estiveram à frente no combate da pandemia no Estado. O simpósio contou ainda com a participação de representantes da Argentina e do Chile e dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

De acordo com o presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia e conselheiro do CRMPR, Alceu Fontana Pacheco, o simpósio foi rico pois proporcionou debate sobre diagnósticos diferenciais para crianças e adultos, a vacina, os medicamentos recomendados e as formas graves da doença, além da troca de experiências com Estados brasileiros e outros países.

A intenção dos organizadores é propor a uniformização no atendimento, desde atenção básica até a alta complexidade, passando pelo primeiro contato com o médico no Posto de Saúde até o tratamento de casos graves em unidades de terapia intensiva (UTI). De acordo com a SESA, apesar da diminuição de novos casos, sobretudo os graves, o vírus da nova gripe continua em circulação. Somente no Paraná, 27.114 casos foram confirmados, de acordo com o último boletim epidemiológico. "Faremos primeiramente a análise do quadro atual, levando em conta os relatos das autoridades dos países do hemisfério norte. A partir disso, poderemos traçar perspectivas futuras", explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, José Lucio dos Santos.

Para a coordenadora do Centro de Investigação Estratégica em Vigilância em Saúde, Angela Maron de Mello, ainda existem muitas dúvidas entre os profissionais de saúde por se tratar de um vírus novo. "Diagnosticar a nova gripe ainda é a preocupação da classe médica. Por isso, discutimos desde medidas de prevenção até manejo clínico de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva", disse.



Mais informações sobre o evento no site da href="http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=51941" target="_blank">SESA.



Boletim epidemiológico - 03/11/2009

A Secretaria da Saúde divulgou, no dia 3 de novembro, o boletim epidemiológico número 71, que traz a situação da Gripe A no Paraná. Foram confirmados 27.114 casos por exame laboratorial e por critérios clínicos, sendo que 277 tiveram complicações e morreram. Outros 8.097 casos foram negativos.

As mortes ocorreram entre 14 de julho e 27 outubro e estão distribuídas por sexo e faixa etária: 56% eram mulheres e 44%, homens. Quanto à faixa etária, 61,4% das mortes ocorreram em pessoas que tinham entre 20 e 49 anos, 19,9% entre 50 e 59 anos e 9,4% entre 5 e 19 anos.

As regiões com maior número de casos confirmados são Curitiba e região (9.584), Cascavel (2.612), Pato Branco (2.351), Francisco Beltrão (2.250), e Cornélio Procópio (1.758). O maior número de óbitos ocorreu em Curitiba e RMC (85), Cascavel (22), Maringá (21), Foz do Iguaçu (19), Campo Mourão (14), Londrina (14), Jacarezinho (13) e Toledo (12).

Dos casos confirmados, 922 são de gestantes, o que equivale a 3,4%. A região que apresenta o maior número de casos em gestantes é a região de Curitiba (310), seguida pela região de Cascavel (96), Francisco Beltrão (72) e Cornélio Procópio (52).

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