22/05/2023

Serviço criado na pandemia, a telemedicina veio para ficar em várias cidades

Em uma central da Prefeitura de Curitiba, 42 médicos atendem à distância, com a ajuda da tecnologia. Conselheiro do CRM-PR, Dr. Carlos Roberto Naufel Junior, concedeu entrevista à reportagem do Jornal Nacional

clique para ampliarclique para ampliarCentral da Prefeitura de Curitiba já atendeu mais de 700 mil pacientes desde o início da pandemia da Covid-19 (Foto: Reprodução G1)
No auge da pandemia, os brasileiros se acostumaram com a teleconsulta, uma maneira prática de receber orientação médica à distância. Agora, o serviço virou definitivo em várias cidades do país. 

"Aqui é o doutor Marcelo, vou fazer um atendimento seu hoje, nessa tarde, pela Central Saúde Já", fala o profissional da saúde em uma central da prefeitura de Curitiba, onde 42 médicos atendem à distância, com a ajuda da tecnologia.
“Pode falar a palavra 'a' pra mim, que daí eu consigo visualizar’", diz outro profissional ao paciente.

O serviço começou na pandemia, para evitar que pacientes com sintomas leves de Covid fossem aos Postos de Saúde. Desde então, 700 mil pessoas foram atendidas assim em Curitiba.

"A partir do momento que tem essa teleconsulta, seja por vídeo ou telefone, você consegue direcionar melhor o paciente para o recurso que ele precisa naquele momento", explica o coordenador de fiscalização do CRM-PR, Carlos Roberto Naufel Junior.

ASSISTA À REPORTAGEM AQUI.

Agora, em Curitiba, o serviço foi ampliado para outras queixas de saúde. A intenção é avaliar paciente com sintomas leves: eles descrevem o que estão sentindo e o médico faz as perguntas. Pelas respostas, pode dar o diagnóstico e orientar o que fazer.

“Na voltinha da costela, você sente piora da dor quando aperta fundo, ali?", questiona uma médica ao paciente. Que responde: "Quando aperta dói um pouco”.

“Nós fazemos perguntas para excluir os quadros mais graves e, com isso, conseguimos direcionar. Quando vamos fazer o exame físico. Então, conseguimos fazer perguntas, orientar – por exemplo – usar a própria mão pra apalpar, (dizer) o que ele está sentindo, se está sentindo algum carocinho, se dói, se não dói e o que ele vê”, diz o responsável técnico da Central de Atendimento Rômulo Pereira.

Se o caso for simples, o médico já envia a receita pelo aplicativo. Se não, agenda uma consulta presencial. Se for grave, orienta a procurar uma emergência ou transfere para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), para mandar a ambulância.

A oito UPAs da cidade atendem 4.500 pessoas por dia e cerca de 70% dos casos não são de urgência ou emergência. Alisson, por exemplo, nem precisou sair da cama para falar com o médico.

“À noite eu estava no trabalho e comecei a sentir uma moleza no corpo, sabe? E aquela tosse seca vindo forte”, conta.

Com a tecnologia, veio o remédio. “Eficaz, rápido e prático. Ele deu medicação para eu ver no aplicativo. Tomara que melhore”, completou Alisson.

FONTE: G1

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