26/07/2006
Senadora defende que Ato Médico não prejudica outras profissões
Em entrevista ao Diário da Manhã, no dia 23 de julho, a relatora do Projeto de Lei 25/2002, que regulamenta o exercício da
profissão médica, senadora Lúcia Vânia, lamenta a confusão sobre o projeto e explica que o Ato Médico vai, na verdade, beneficiar
o usuário do sistema de saúde e não prejudicá-lo.
A senadora afirma que não há como aprovar nenhum projeto que possa gerar prejuízos a outras categorias. O PL 25 de 2002
procura regulamentar a profissão médica, sem interferir nas leis já existentes das outras profissões da área de saúde. "O
paciente vai apenas estar protegido, porque ele vai saber as competências de cada um", completa.
O Conselho Federal de Medicina entregou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, em 28 de junho, um milhão e meio de
assinaturas de apoio ao projeto para demonstrar que a população enxerga como necessária a Lei do Ato Médico.
Confira parte da entrevista com a relatora do projeto de lei Lúcia Vânia:
Diário da Manhã - Tem muita pressão?
Lúcia Vânia - De todos os lados. Temos de administrar esses conflitos. O ato médico só vai beneficiar o paciente.
Quem ganha é ele, porque vai impor o limite de cada profissional da Saúde.
Diário da Manhã - Os médicos terão superpoderes?
Lúcia Vânia - Claro que não. Esse pensamento surgiu no início do projeto, quando não havia discussão. Se fosse
dessa forma, o projeto já teria parado. Saíram conotações sem sentido. O paciente vai apenas estar protegido, porque ele vai
saber as competências de cada um.
Diário da Manhã - Então os demais profissionais não vão depender de autorização médica para atuar?
Lúcia Vânia - Vai depender da área e competência de cada um.
Diário da Manhã - A aprovação pode ocorrer ainda este ano?
Lúcia Vânia - Nós vamos levando. É ano eleitoral, mas não paramos o nosso trabalho. Vamos ver.
Fonte: CFM