A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa que aumentaram para 13 os casos confirmados de sarampo até
o dia 14 de setembro, que coincide com a semana epidemiológica 37. O Informe Epidemiológico nº 4, divulgado
nesta quinta-feira (19), indica que 147 casos estão em investigação e um grupo de 20 pacientes já
tiveram os exames negativos para a doença. Dos quatro novos casos confirmados um é de Curitiba, dois em Maringá
e um em Ponta Grossa e a faixa etária de todos está entre 20 e 29 anos.
O Informe Epidemiológico
mostra o crescimento dos registros de sarampo, tanto de pacientes como nos municípios nos quais os pacientes residem.
“Embora todos os 13 casos sejam importados, sendo que 12 viajaram para São Paulo e um para Santa Catarina, a
circulação do vírus está acontecendo e ampliando o seu território no estado. Por isso é
importante estar vacinado”, alertou o secretário de estado da saúde, Beto Preto.
Os municípios
que tiveram pacientes com registros de sarampo confirmados são: Campina Grande do Sul, Curitiba, Ponta Grossa, Maringá,
Rolândia e Jacarezinho. Curitiba aparece no informe com o maior número de casos, são sete confirmações
de sarampo; em Maringá são dois pacientes e nos demais municípios um caso de confirmação.
A maior incidência de sarampo está na faixa de idade entre 20 e 29 anos, são oito casos confirmados.
Na faixa etária entre 40 e 49 anos estão confirmados dois casos. Entre 10 e 19 anos, 30 e 39 anos e 50 a 59
anos foi confirmado um caso em cada faixa de idade.
Até o início de agosto, o Paraná estava
há 20 anos sem registro de sarampo. O último caso registrado antes de 2019 aconteceu em 1999, remanescente do
surto ocorrido no ano anterior. Em 1998 ocorreram 873 casos no Paraná e um óbito decorrente de complicações
da doença.
DOENÇA
O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida
por vírus e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações decorrentes
do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite, pneumonia,
entre outras. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas
virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.
Os sintomas mais comuns
são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto
e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia
também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar
atento com o aparecimento dos sintomas.
Segundo a Nota Técnica 001/2019 da SESA, são considerados
casos suspeitos todos os pacientes que, independentemente da idade e situação vacinal, apresentar febre superior
a 38,5°, acompanhada de um ou mais sinais e sintomas: tosse, coriza, conjuntivite, exantema maculopapular de origem céfalo-caudal,
histórico de viagem para regiões de risco nos últimos 30 dias ou de contato com pessoas doentes em locais
com a circulação do vírus.
Situação global de sarampo
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os surtos de sarampo se espalham rapidamente
em todos os continentes. Nos primeiros sete meses de 2019 a OMS informa que mais de 364 mil casos de sarampo foram registrados
em 182 países. No mesmo período em 2018 esse número foi de pouco menos que 130 mil casos, em 181 países.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, são 3.339 casos confirmados até o dia
7 de setembro. Os casos estão distribuídos em 16 estados do país sendo a maior concentração
em São Paulo.
VACINAÇÃO
A vacina contra o sarampo é gratuita
e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A Sesa orienta para que a população fique
atenta às datas da carteira de vacinação e aos registros de doses.
A dose zero deve ser aplicada
em crianças entre seis e onze meses. A dose número 1 aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral
(que previne sarampo, caxumba e rubéola), e a dose 2 aos 15 meses com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola,
caxumba e varicela/catapora). A população com até 29 anos deve receber duas doses da vacina. E para as
pessoas que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta ter o registro de uma dose são consideradas vacinadas.
Acima dos 50 anos, a vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal após a exposição
com casos de suspeita da doença ou confirmados. Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas. E aquelas
que desejam engravidar, devem aguardar no mínimo 30 dias após receber a dose da vacina. Os profissionais da
área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral em qualquer faixa etária,
independente se atuam na atenção primária, secundária ou terciária.
Não
tem indicação para tomar a vacina as pessoas com a imunidade baixa, mulheres grávidas e menores de seis
meses de idade.
Doação de sangue
Neste período de inverno as doações
de sangue reduzem substancialmente e para que a coleta possa ser realizada, o Hemepar instrui que é necessário
primeiro fazer a doação de sangue para depois tomar a vacina do sarampo. Pessoas que foram vacinadas devem aguardar
30 dias para que estejam liberados para a doação de sangue.
Locais
Todas
as Unidades de Saúde Básica no Paraná têm doses da vacina contra o sarampo. Para receber a vacina
você deve ir até uma destas unidades levando um documento com foto e a carteira de vacinação (caso
tenha). Confira Calendário Nacional de Vacinação
aqui.
FONTE: SESA