03/06/2019

Secretaria Estadual da Saúde faz alerta sobre ocorrência de casos de febre maculosa no PR

Em todo o Estado, desde o início do ano, foram registrados cinco casos confirmados da doença; órgão também atualizou número de mortes por dengue

A Secretaria da Saúde do Paraná (SESA) realizou na última quarta-feira (29) capacitação de profissionais na 1ª Regional de Paranaguá para atualização no manejo clínico, assistência e diagnóstico da febre maculosa, porque a região já registra cinco casos da doença neste ano. No estado todo, são sete os casos confirmados e 33 notificações da doença do início do ano até agora.

A febre maculosa é uma doença febril infecciosa transmitida pelo carrapato-estrela, espécie encontrada com mais facilidade em locais próximos a matas, com umidade elevada. Este tipo de carrapato também se “hospeda” em animais como bois, cavalos, capivaras e cachorros e por meio deles entra em contato com as pessoas.

De acordo com a Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da SESA, a doença foi registrada nas Regionais de Saúde de Paranaguá (5), de Jacarezinho (1) e na Região Metropolitana (1). Já as notificações atingem também as Regionais de Cascavel, Campo Mourão, Maringá, Londrina, Cornélio Procópio, Toledo e Ivaiporã.

FEBRE

A transmissão da febre maculosa, em seres humanos, acontece por meio da picada do carrapato infectado, que adere à pele por um período de 4 a 6 horas. Os casos registrados apontam pessoas que se expõem ou trabalham em áreas de mata, com prevalência de homens.

Depois de instalada, a doença apresenta sinais característicos que são manchas avermelhadas na pele. Os sintomas são febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e vômito. O diagnóstico é feito por exame de sangue e a demora em identificar a doença pode provocar complicações graves, como hemorragia e comprometimento de múltiplos órgãos. Podem ocorrer ainda sequelas neurológicas, necroses e amputações ou até mesmo evoluir para óbito.

A partir da suspeita da febre maculosa, o caso deve ser notificado às autoridades sanitárias e iniciado o tratamento com medicamentos disponíveis nos serviços de saúde.

CONTROLE

“O controle químico (veneno) é recomendado apenas em situações especiais e deve ser orientado por profissionais da área, visto que sua ação é apenas momentânea e localizada”, explica a enfermeira Aparecida Martins da Silva, da SESA.

“Estamos percebendo que alguns casos recentes foram notificados em áreas urbanas e próximas das cidades. Para o controle é preciso roçar os terrenos baldios e também tratar os animais que entram nas matas e depois retornam para os domicílios na zona urbana”, alerta a enfermeira.

A recomendação é para que os terrenos baldios fiquem livres do mato, para diminuir os locais de abrigo do carrapato. A área de Zoonoses das secretarias da Saúde do Estado e dos Municípios pode orientar quanto a procedimentos, bem como sobre a eficácia de produtos químicos. No entanto é de responsabilidade do proprietário a contratação de serviços especializados.

DENGUE

O número de mortes causadas pela dengue aumentou para 16 no Paraná. Foram três novos óbitos registrados no boletim epidemiológico divulgado na última terça-feira (28) pela Secretaria da Saúde do Paraná. Os casos confirmados da doença chegam a 9.976; 1.818 casos a mais que na semana anterior, que havia apresentado 8.158 casos. A grande maioria é de casos autóctones – mais de 9 mil casos aconteceram nas cidades de origem das pessoas infectadas.

Os três novos casos de morte por dengue confirmados foram registrados em Foz do Iguaçu (uma mulher de 69 anos, com quadro de cardiopatia e asma); em Ibiporã (uma mulher de 54 anos portadora de hipertensão); e em Loanda (um idoso de 83 anos, sem doenças crônicas). Os óbitos anteriores aconteceram em Cascavel, Maringá e Londrina. O Paraná soma 60.393 notificações para a dengue: 44 municípios estão em epidemia e 46 em alerta.

O informe ainda confirma mais dois novos casos de chikungunya, um em Maringá e outro em Cambira. Agora, o estado tem quatro casos confirmados da doença, que também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

A SESA alerta para que a população siga as recomendações de manter os quintais limpos e eliminar os focos com água parada. “O mosquito transmissor se instala em locais que acumulam lixo e água. Então, nossa orientação e pedido é para que a população colabore com esta limpeza; só assim poderemos acabar com a dengue, zika e chikunguya”, alerta Ivana Belmonte, da Divisão de Vigilância Ambiental da SESA.

Fonte: SESA

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