24/07/2023
Sexto Informe Epidemiológico mensal traz um panorama geral dos vírus que circulam no território, com o objetivo de manter a vigilância e monitoramento da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda Grave
A Secretaria de Estado da Saúde
(Sesa) divulgou na sexta-feira (22) o Informe Epidemiológico mensal de síndromes respiratórias, com dados
atualizados dos agravos da doença no Paraná. Este é o sexto boletim do ano e traz um panorama geral dos
vírus que circulam no território, com o objetivo de manter a vigilância e monitoramento da Síndrome
Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O trabalho do Paraná em monitoramento de síndromes
gripais é uma referência no País.
As informações do documento
são referentes aos casos de pessoas que apresentaram sintomas do dia 01 de janeiro a 15 de julho de 2023, dentre eles
febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos. Esses sintomas
são típicos das SGs, e os vilões desse cenário são o rinovírus, SARS-CoV-2 e Influenza,
vírus que mais circularam e continuam predominantes no Estado.
No total, foram registrados 17.260
casos de SRAG com hospitalização e 1.022 óbitos por síndromes graves, como Influenza (789),
Covid-19 (2.153), SRAG por outros vírus respiratórios (3.975), SRAG não especificada (7.836), por outros
agentes etiológicos (98) e 2.409 casos que permanecem em investigação.
As pessoas que fazem parte deste
último grupo foram diagnosticadas com sintomas de SG (febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse,
coriza, distúrbios olfativos ou gustativos), somados a dispneia/desconforto respiratório; pressão ou
dor persistente no tórax; saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente ou coloração
azulada (cianose) dos lábios ou rosto - que são sintomas de SRAG.
No caso das síndromes gripais,
com monitoramento por amostragem, foram 2.047 casos. Os vilões são o Rinovírus, SARS-CoV-2 e Influenza,
que mais circularam e continuam predominantes no Estado. Já para as SRAGs, 57,5% dos casos positivos estão relacionados
ao contágio dos vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus, adenovírus e metapneumovírus.
No boletim, eles estão em “SRAG por outros vírus respiratórios”.
A faixa etária mais atingida
é a de crianças menores de seis anos e, em seguida, a dos idosos. A maioria dos casos que evoluiu para óbito
tinha, ao menos, um fator de risco ou algum tipo de comorbidade.
“Nessa época do ano
o panorama no Paraná é de mais atenção e vigilância, por isso a importância do boletim.
Com o monitoramento, podemos prever e realizar ações de saúde pública. O Paraná não
passa por situação de emergência. Está dentro do esperado para o período sazonal”,
disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Dos 399 municípios, 58,6%
apresentaram casos de SRAG por outros vírus respiratórios e em 41 houve o registro de óbito por esta
causa. O número de mortes aumenta em relação à Covid-19, com ocorrência em 103 municípios.
Para a Influenza a incidência ficou em 34,8%, ou seja, 139 municípios apresentaram casos e 9,5% (38 municípios)
registraram óbitos.
CRIANÇAS
O grupo outros vírus respiratórios
(VSR, parainfluenza, rinovírus, metapneumovírus, adenovírus, bocavírus) teve grande impacto em
crianças menores de seis anos. Dos 3.079 casos, 18 evoluíram para óbito. O levantamento da Sesa mostra,
também, que 81 crianças dessa faixa etária contraíram o vírus Influenza A (H1N1) e 57 o
vírus Influenza B. Para a Covid-19 o número de casos chega a 311.
COVID-19 – A doença
foi contraída por pessoas de todas as idades, de bebês a idosos (0 a 107 anos), porém, a maior incidência
do vírus SARS-CoV-2 foi em pessoas acima de 80 anos (33,3% casos). As mulheres contabilizaram um número um pouco
maior de casos de hospitalizações - dos 2.153 registros, 1.102. Já o número de óbitos é
maior nos homens, dos 320 registrados,176 eram do sexo masculino.
INFLUENZA
Mais conhecida como gripe, é
uma infecção aguda do sistema respiratório, provocado pelo vírus da Influenza, com grande potencial
de transmissão. Existem quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. No boletim o monitoramento
realizado é para os vírus influenza A e B, responsáveis por epidemias sazonais.
MONITORAMENTO
O monitoramento da Influenza e demais
vírus respiratórios no Paraná é realizado por meio das unidades sentinela de Síndromes
Gripais e da vigilância universal dos casos de SRAG com hospitalização e óbitos, independentemente
do local de ocorrência. A vigilância sentinela de SG é composta por uma rede de 34 serviços de saúde
para atendimento, distribuídas nas 22 Regionais de Saúde, em 28 municípios.
As unidades sentinelas funcionam
junto aos centros médicos dos municípios e às unidades de pronto atendimento, onde são coletadas
amostras dos pacientes, que posteriormente seguem para o Lacen para análise. Os resultados são enviados
para o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep/Ministério da Saúde). Caso
não haja identificação do tipo do vírus, a amostra é compartilhada com a Fiocruz para a
investigação.
De acordo com a coordenadora de
Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr, o monitoramento de ambas as síndromes tem
um objetivo comum e essencial à Saúde do Paraná. “A área de Vigilância Epidemiológica
monitora o comportamento dos vírus respiratórios. Por meio desse recurso, conseguimos orientar os serviços
de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves e surtos”, explicou.
As notificações de
casos e óbitos por SRAG são registrados no Sivep Gripe, Sistema de Informação de Vigilância
Epidemiológica da Gripe, do Ministério da Saúde.
RECOMENDAÇÕES
Os vírus continuam em circulação,
por isso alguns cuidados são essenciais para conter as doenças decorrentes dessas síndromes: manter a
vacinação anual contra a Influenza em dia, seguir a recomendação do Plano Nacional de Vacinação
contra a Covid-19, higienização das mãos, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais
ou sintomas. Também é recomendado buscar atendimento médico, procurar manter os ambientes ventilados,
adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Confira o boletim completo AQUI.
Fonte: SESA/PR