11/09/2008

Sangue - Falta de doadores provoca pior crise da história

Alunos de relações Públicas da UEL fazem campanha para tentar suprir demanda do Hospital Universitário de Londrina.


Hemocentros de todo o Brasil enfrentam a pior crise de falta de sangue já enfrentada pelo setor em toda a história. "É uma situação crítica que nunca foi vista", afirmou o diretor administrativo da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Dante Langhi Júnior. "Há risco real de morte para pacientes que precisam de plaquetas, usadas principalmente por pessoas que sofrem de leucemia e outros tipos de câncer", explicou. As plaquetas são componentes do sangue essenciais para coagulação e que podem ser armazenados por menos de uma semana depois de doados aos hemocentros. Diversos serviços de hemoterapia no País já estão com o estoque esgotado.

A doação de sangue não é exatamente um hábito entre os brasileiros, e as campanhas de incentivo são constantemente necessárias para mater em alta os estoques dos bancos de sangue. Segundo dados do ministério, apenas 1,8% da população adulta do Brasil faz doações regulares de sangue. O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que de 3% a 5% da população de cada país seja doadora.

Por conta do baixo número de doadores, em geral os serviços de hematoterapia já trabalham com os estoques limitados. Por isso a campanha de vacinação contra a rubéola, promovida pelo Ministério da Saúde, desde o dia 9 de agosto, teve grande impacto nos estoque de sangue em todo o País. Após a imunização, as pessoas devem esperar o período de quatro semanas para fazer uma doação. A população alvo da campanha são homens e mulheres de 20 a 39 anos, justamente a faixa etária que mais costuma doar sangue. Mais de 47 milhões de pessoas já foram imunizadas.

O problema de desabastecimento já atinge pelo menos São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraíba. A orientação é para que a doação seja feita antes da vacinação nos que necessitam ainda da imunização contra a rubéola.

A vacina contra a rubéola impede doações por um mês porque, assim como outras, é feita com vírus atenuado, que permanece por um tempo no sangue da pessoa imunizada. Caso um paciente com a saúde debilitada receba o vírus atenuado pode ter complicações.


Campanha em Londrina

Para tentar suprir esta demanda, um grupo formado por 10 alunos do 2º ano de Relações Públicas da Universidade Estadual de Londrina (UEL) lança nesta quarta-feira (10) a campanha "Você faz meu Tipo", voltada ao Hemocentro do Hospital Universitário de Londrina.

Coordenada pela professora Patrícia Azoline Correa, a campanha é dirigida às empresas de Londrina e se estenderá até novembro. Ao final da campanha, os resultados serão apresentados em um coquetel de encerramento, com a presença de todas as empresas parceiras.

O projeto une importantes conceitos como comunicação comunitária, comunicação dirigida, responsabilidade social, planejamento e execução de eventos. Para mais informações e apoio à campanha, acesse www.vocefazmeutipo.blogspot.com ou entre em contato pelo e-mail: vocefazmeutipo@gmail.com.


Pré-requisitos para doar sangue

- Estar em boas condições de saúde

- Ter entre 18 e 60 anos

- Ter peso mínimo de 50 kg

- Estar bem alimentado, evitando alimentos gordurosos no período mínimo de quatro horas antes da doação

- Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas

- Não apresentar qualquer doença, inclusive gripes ou resfriados

- Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação

- Não ter feito tatuagem ou acupuntura nos últimos 12 meses.


Fonte: BondeNews

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