29/04/2022
SESA coloca Regionais em alerta para casos de hepatite aguda grave em crianças
Apesar do surto na Europa, ainda não há nenhum caso registrado no Brasil; alerta da Secretaria é somente para que autoridades de Saúde fiquem atentas para investigar e notificar se algum caso surgir
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) encaminhou
um alerta para todas as Regionais de Saúde do estado. A orientação é identificar, investigar e
notificar casos potenciais de hepatite aguda grave, doença que está causando surto em crianças na Europa.
A doença ainda está em investigação por lá.
De acordo com a Comunicação de Risco do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde emitida no dia 24 de abril, foi identificado um aumento de casos em diversos países de hepatite aguda grave de etiologia desconhecida em crianças. ACESSE O DOCUMENTO AQUI.
"A medicina ainda não sabe esclarecer adequadamente o agente causal dessas hepatites. O vírus que mais se correlaciona com esses casos é o SARS-CoV2, que é o nosso vírus da Covid-19, e um subtipo específico de adenovírus, que é o adenovírus 41, que é a causa mais cotada para essa hepatite aguda em crianças", disse a médica hepatologista Daphne Benatti Gonçalves Morsoletto.
A médica ressalta que no Brasil até o momento não há nenhum caso suspeito. Ela diz ainda que aqui no país a hepatite mais comum em crianças é o tipo A e apenas 10% dos pacientes têm sintomas. "Geralmente causa febre, amarelão. E é uma doença autolimitada, ou seja, tem começo, meio e fim. E não precisa de intervenção terapêutica para resolução do quadro”, disse. A prevenção é simples, basicamente a mesma que já se conheceu com a pandemia, que são os hábitos de higiene. Entre eles está o lavar as mãos frequentemente e lavar bem os alimentos antes de consumir.
Definição de caso e notificação
De acordo com o documento do CIEVS, os serviços de saúde devem estar atentos para as seguintes definições de caso:
Caso Provável: Uma pessoa com hepatite aguda (não hep A-E*) com transaminase sérica >500 UI/L (AST ou ALT), com 16 anos ou menos, desde 1 de janeiro de 2021.
Contato de Caso Provável: Uma pessoa com hepatite aguda (não hepA-E*) de qualquer idade que seja um contato próximo de um caso confirmado, desde 1º de janeiro de 2021.
* Se os resultados da sorologia para hepatite AE estiverem em espera, mas outros critérios forem atendidos, estes poderão ser notificados.
Estes casos devem ser realizados a notificação de forma imediata, conforme disposto na Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017: Notificação de situações inusitadas, inesperadas ou com alteração importante do perfil epidemiológico devem ser imediatamente realizadas por todos os profissionais de saúde nos canais de comunicações do Ministério da Saúde:
- Formulário de notificação imediata de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública: https://forms.office.com/r/BGwZjYz9Mu
- E-mail: notifica@saude.gov.br
- Telefone: 0800.644.66.45
Vale ressaltar que casos com outras explicações para sua apresentação clínica serão descartados.
FONTE: RIC Mais, com CRM-PR
De acordo com a Comunicação de Risco do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde emitida no dia 24 de abril, foi identificado um aumento de casos em diversos países de hepatite aguda grave de etiologia desconhecida em crianças. ACESSE O DOCUMENTO AQUI.
"A medicina ainda não sabe esclarecer adequadamente o agente causal dessas hepatites. O vírus que mais se correlaciona com esses casos é o SARS-CoV2, que é o nosso vírus da Covid-19, e um subtipo específico de adenovírus, que é o adenovírus 41, que é a causa mais cotada para essa hepatite aguda em crianças", disse a médica hepatologista Daphne Benatti Gonçalves Morsoletto.
A médica ressalta que no Brasil até o momento não há nenhum caso suspeito. Ela diz ainda que aqui no país a hepatite mais comum em crianças é o tipo A e apenas 10% dos pacientes têm sintomas. "Geralmente causa febre, amarelão. E é uma doença autolimitada, ou seja, tem começo, meio e fim. E não precisa de intervenção terapêutica para resolução do quadro”, disse. A prevenção é simples, basicamente a mesma que já se conheceu com a pandemia, que são os hábitos de higiene. Entre eles está o lavar as mãos frequentemente e lavar bem os alimentos antes de consumir.
Definição de caso e notificação
De acordo com o documento do CIEVS, os serviços de saúde devem estar atentos para as seguintes definições de caso:
Caso Provável: Uma pessoa com hepatite aguda (não hep A-E*) com transaminase sérica >500 UI/L (AST ou ALT), com 16 anos ou menos, desde 1 de janeiro de 2021.
Contato de Caso Provável: Uma pessoa com hepatite aguda (não hepA-E*) de qualquer idade que seja um contato próximo de um caso confirmado, desde 1º de janeiro de 2021.
* Se os resultados da sorologia para hepatite AE estiverem em espera, mas outros critérios forem atendidos, estes poderão ser notificados.
Estes casos devem ser realizados a notificação de forma imediata, conforme disposto na Portaria de Consolidação nº 4, de 28 de setembro de 2017: Notificação de situações inusitadas, inesperadas ou com alteração importante do perfil epidemiológico devem ser imediatamente realizadas por todos os profissionais de saúde nos canais de comunicações do Ministério da Saúde:
- Formulário de notificação imediata de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública: https://forms.office.com/r/BGwZjYz9Mu
- E-mail: notifica@saude.gov.br
- Telefone: 0800.644.66.45
Vale ressaltar que casos com outras explicações para sua apresentação clínica serão descartados.
FONTE: RIC Mais, com CRM-PR