Para apresentar o novo esquema de tratamento da tuberculose, a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA) irá realizar
uma webconferência com intuito de capacitar clínicos, infectologistas, pneumologistas e especialistas em tisiologia e doenças
torácicas. O evento ocorre na próxima terça-feira, dia 27 de outubro, na sede da Escola de Saúde Pública da SESA, a partir
das 15h.
O Ministério da Saúde adotou como primeiro tratamento para a doença os comprimidos contendo quatro fármacos na fase intensiva
e propõe que se deve implementar o retratamento de casos em unidades de referência secundária, bem como o diagnóstico e o
tratamento de casos de TBMR em unidades com equipes multidisciplinares. Para a Dr.ª Betina Mendez Alcântara Gabardo, torna-se
fundamental o investimento na qualificação dos recursos humanos e materiais para responder a esse desafio em todos os níveis
de complexidade.
Durante a webconferência, destaca-se a presença do médico de serviço de referência em TBMR Centro de Referência Professor
Hélio Fraga, RJ e da MSH (Management Sciences for Health), Dr. Jorge Rocha.
Os interessados devem acessar o site
href="http://www.escoladesaude.pr.gov.br" target="_blank">www.escoladesaude.pr.gov.br e poderão interagir com os palestrantes
para esclarecimentos de suas dúvidas.
Temas - Epidemiologia da Tuberculose no Paraná - Betina M. A. Gabardo Coordenadora do PECT
- Rede laboratorial do Estado para Diagnóstico da Tuberculose - Cleia gomes LACEN
- Gerenciamento de medicamentos situação atual do Estado - Susan Alves CEMEPAR
- Mudanças no Tratamento da Tuberculose no Brasil para Adultos e Adolescentes- Jorge Rocha - CRPHF
Novo esquema
No Brasil, a média nacional de incidência da tuberculose é de 38,2 para 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério
da Saúde de 2005 a 2007. O número representa uma queda de 24,4% dos casos em nível nacional. O tratamento da tuberculose dura
em média seis meses e, quando iniciado, faz a doença tornar-se assintomática no paciente, por exemplo, em 15 dias. Entretanto,
caso o indivíduo abandone os remédios antes do tempo necessário, a tuberculose não curada pode se transformar em multirresistente.
De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Tuberculose, Draurio Barreira, o objetivo do Ministério da Saúde é mostrar
uma nova forma de apresentação com a dose fixa combinada, como forma de aumentar a adesão ao tratamento, pois a taxa de pessoas
multirresistentes no Brasil é de 1,4% dos casos da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o novo esquema vai baratear os custos do governo. Hoje, um tratamento de seis meses
custa 40 dólares por paciente e o novo esquema custará 30 dólares. "Mesmo com a crise, o governo garantiu que não haverá corte
de custos na Saúde. Mas o que sempre reclamo é que devemos gastar mais", afirmou o ministro José Gomes Temporão. No último
ano foram registrados 72 mil novos casos e 4,5 mil mortes pela doença.