A secretaria de Estado da Saúde do Paraná divulgou alerta para o diagnóstico diferencial na síndrome febril em momento
de epidemia de dengue
A febre é uma manifestação clínica comum a diversas patologias. A sua presença é um alerta tanto para os pacientes como
para os profissionais da assistência em saúde.
Nos casos de Síndrome Febril, a investigação etiológica irá determinar as hipóteses diagnósticas e a conduta clínica específica
bem como a necessidade de investigação epidemiológica nos casos de patologias de interesse em Saúde Pública (notificação compulsória).
Várias doenças infecciosas transmissíveis possuem como característica importante a sazonalidade.
Nos períodos de elevação no número de casos de determinada patologia febril, é comum que esta seja considerada como primeira
hipótese diagnóstica na maioria dos atendimentos. No entanto, o raciocínio clínico, a história epidemiológica e a experiência
profissional dos técnicos envolvidos no atendimento ao paciente farão com que outras hipóteses sejam levantadas, aumentando
a lista de outras patologias que formam o diagnóstico diferencial.
A formulação de uma lista de hipóteses, classificadas da maior para menor probabilidade, baseada em evidências clínico-laboratoriais
e epidemiológicas, pode ser determinante para a conduta clínica correta e bloqueio de transmissão nos casos pertinentes, onde
a notificação é o instrumento de ligação entre a equipe da assistência e a epidemiologia e controle.
DENGUE E PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS
Neste momento epidêmico, atenção especial deve ser dada na indicação de procedimentos cirúrgicos naqueles pacientes em
que a Dengue possa fazer parte do diagnóstico diferencial.
Os sinais de alarme na Dengue como dor abdominal intensa, vômito persistente, hipotensão e choque, em paciente com relato
de febre, apresentando espessamento de parede da vesícula e presença de derrame cavitário (pleura, pericárdio, abdome e pelve)
pode lembrar várias patologias com indicação cirúrgica. Porém, em sendo dengue, a fragilidade capilar e a plaquetopenia pode
conduzir o paciente para uma evolução desfavorável, o que não aconteceria caso ela não estivesse presente.
DENGUE - Algumas hipóteses para DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
SÍNDROME FEBRIL
Malária
IVAS
Rotavirose
Influenza
Hepatite Viral
Leptospirose
Meningite
Oropouche
Hantavirose
SÍNDROME EXANTEMÁTICA
Rubéola
Sarampo
Escarlatina
Mononucleose
Exantema Súbito
Enteroviroses
Alergias
Kawasaki
Mayaro
SÍNDROME HEMORRÁGICA
Meningococcemia
Septicemia
S. Henoch - Schonlein
PTI
Febre Amarela
Malária Grave
Leptospirose
Hantavirose
Quaisquer esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo e-mail
href="mailto:vetores@sesa.pr.gov.br" target="_blank">vetores@sesa.pr.gov.br ou pelo telefone: (41) 3330-4474.