A plenária reuniu quase 200 profissionais na sede do CRM-PR e reforçou o convite para que os médicos participem ativamente
da paralisação nacional que irá ocorrer no dia 7 de abril.
A sessão plenária aberta aos médicos para debater a questão dos honorários médicos, realizada pelo Conselho Regional de
Medicina do Paraná na noite de 14 de março (segunda-feira), ratificou a posição consensual de insatisfação dos profissionais
na relação com as operadoras de planos e seguros-saúde. Do encontro, traduzido como uma conversa "franca" entre os médicos
e os dirigentes de suas instituições representativas, saiu o aval ao "Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Planos
de Saúde", programado para 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, e para o qual se espera a maciça adesão como instrumento balizador
do movimento pela valorização da Medicina e do trabalho médico.
A plenária no auditório do Conselho contou com a participação de aproximadamente 200 médicos, incluindo representantes
do CRM, da Associação Médica e do Sindicato dos Médicos do Paraná, que integram a Comissão Estadual de Honorários Médicos,
além do presidente e do vice do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d Avila e Carlos Vital Corrêa Lima. Estes, destacaram
que o protesto será extensivo a todo o País e que propõe a suspensão por um dia das consultas e de procedimentos não-emergenciais.
A sugestão é para que os médicos organizem sua agenda para causar os menores transtornos possíveis, em especial aos pacientes,
que devem ser esclarecidos de que o movimento é em defesa da saúde supletiva, da prática segura e eficaz da Medicina e, sobretudo,
pela qualidade na assistência prestada aos cidadãos.
De acordo com Roberto Luiz d Avila, o movimento funcionará como termômetro para avaliar a capacidade de união da classe.
"Contamos com a colaboração e a participação de todos os colegas. Juntos somos mais fortes para atingir nossos objetivos",
enfatizou. O presidente do CFM também citou alguns avanços como a publicação da Resolução do CFM 1.958/2010, que trata do
retorno de consultas médicas e evidencia a autonomia dos profissionais, e o exemplo de mobilização dos médicos em Ivaiporã
(PR), que iniciaram o processo de descredenciamento dos planos de saúde em fevereiro deste ano.
As funções de cada uma das entidades, as normas legais e éticas vigentes e o histórico do movimento médico e prestação
de contas das ações políticas empreendidas na última década estiveram em destaque na apresentação aos profissionais presentes
à plenária aberta, que tiveram a oportunidade de interagir e também manifestar suas ansiedades e dificuldades. O conselheiro
Luiz Sallim Emed fez um
href="https://www.crmpr.org.br/imprensa/arquivos/cbhpm.pdf " target="_blank">relato de toda a luta que, inclusive,
precedeu a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), normatizada por resolução
de CFM de 2003. Ele ressaltou que importantes passos foram dados, mas que é indispensável a integração dos médicos na causa
comum para, de forma ética, conquistar remuneração justa.
O presidente do CRM-PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, juntamente com o vice-presidente e coordenador da Comissão de Defesa
Profissional, Alexandre Gustavo Bley, encerraram os debates e acolheram sugestões dos colegas para melhoria das condições
de trabalho, bem como ações para fortalecer a mobilização do dia 7 de abril. As propostas serão analisadas em reunião prevista
para ocorrer na próxima segunda-feira, dia 21, na sede da Associação Médica do Paraná. O encontro contará com a participação
de integrantes da Comissão Estadual de Honorários Médicos, que reúne o CRM-PR, a AMP e o Simepar, além de representantes das
Sociedades de Especialidades, e é aberto a todos os médicos do estado.