15/07/2014
Profissionais médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar devem, ao atender uma criança, ficar atentos a procedimentos que auxiliam na busca por crianças desaparecidas
O Conselho Federal de Medicina (CFM) quer estimular médicos a trabalharem em busca de crianças desaparecidas. A Recomendação CFM nº 4/2014, aprovada em Sessão Plenária do mês de junho, adverte que profissionais médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar, que ao atender uma criança, fique atento a procedimentos que auxiliam na busca por crianças desaparecidas.
“São aspectos de saúde e dignidade humana que inseridos no âmbito das responsabilidades do profissional médico. Em algum momento essas crianças devem passar em uma consulta e o médico pode ser a chave para o resgate”, explica o 1º vice-presidente e membro da Comissão de Ações Sociais do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima.
O documento do Conselho chama atenção para que os médicos estejam atentos às atitudes das crianças: “observar como ela se comporta com o acompanhante, se demonstra medo, choro ou aparência assustada; Observar se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas ou até abusos”.
A Recomendação do CFM ainda alerta para que os médicos exijam a documentação do acompanhante. “A criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo. Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito”, destaca o documento que completa: “desconfiar se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber as perguntas básicas”.
Sobre o tema, a entidade também mantem o hotsite “Médicos em resgate de crianças desaparecidas” - um sistema que permite que pessoas de diversos países cadastrem e busquem essas crianças. A página está disponível no endereço www.criancasdesaparecidas.org e em três idiomas: português, espanhol e inglês.
Fonte: CFM