21/08/2020
Roberto Issamu Yosida
Como pensaremos quando tudo passar?
Faremos um rescaldo e um balanço. E todos chegarão à conclusão de que estavam certos.
Quem pensou que o isolamento foi cedo demais, tardio ou ideal, acreditará que acertou.
Aqueles que acreditaram em medicamentos, continuarão na sua crença. Outros que seguiram a ciência, terão a certeza da sua verdade. Quem achou bom ou ruim, persistirá na sua opinião.
É a nossa humanidade que prevalecerá plural e diversa. Todas as incertezas provavelmente continuarão em nossas mentes. Ninguém será vencedor porque, nesse caso, só há perdedores. Como numa guerra qualquer, lamenta-se que tenha existido.
Então novos fatos surgirão e hábitos serão incorporados no cotidiano. Crianças que nasceram nos dias que correm, conviverão com novas rotinas que para eles serão normais. Assim como são computadores e celulares para as crianças um pouco maiores.
O passado será, como foi em outras épocas e lugares, um registro histórico de que houve uma pandemia. Sua causa foi o - agora velho - novo coronavírus. Viveremos com esse e os demais vírus em uma simbiose sinistra que acometerá ora um, ora outro. Teremos então uma droga específica e tratamento para aqueles que não se imunizaram através de vacina.
Muitos mudarão sua atitude por convencimento ou por temor. Conceitos como vacinas, crescimento exponencial e estudos randomizados serão conhecidos pelos estudantes precocemente.
As crianças desejarão ser médico epidemiologista, pois sabem sua função e importância.
Será um mundo diferente, como diferentes são as pessoas. Eis a razão e a emoção de ser humano.