17/11/2008
Projeto defende exame para o exercício de médicos e dentistas
Médicos e dentistas recém-formados poderão ter de passar por um exame de proficiência para obtenção de registro profissional,
caso seja aprovado projeto da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). O teste proposto pela parlamentar já vem sendo realizado
há quatro anos pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) junto a alunos do sexto ano dos cursos
de Medicina.
A iniciativa do Cremesp, que começou em caráter experimental, visando apurar o conhecimento indispensável para o exercício
profissional, registrou na edição deste ano um índice de reprovação que é quase o dobro em relação ao primeiro exame. Em 2005,
a reprovação ficou em 31% e, em 2008, chegou a 61%. Para o Cremesp, esse resultado indica que a qualidade do ensino médico
em São Paulo está pior.
O objetivo do projeto (PLS 102/06) de Serys é regulamentar o exame junto aos Conselhos Regionais de Medicina e de Odontologia
e estabelecer que, para obter o registro profissional, será preciso comprovar o nível de conhecimento indispensável para o
exercício da profissão. O exame a que serão submetidos os futuros médicos e dentistas, se a proposição for aprovada, deverá
ser feito nos moldes do que é realizado hoje pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em favor da proposta, Serys lembra que, nos últimos anos, o Ministério da Educação autorizou a abertura de um grande número
de escolas médicas e odontológicas. A senadora reconhece que o exame não é o ideal e defende que a avaliação da formação acadêmica,
das habilidades e atitudes dos futuros profissionais seja feita ao longo de toda a formação do estudante. Mas acredita que
o exame pode ser um instrumento confiável, principalmente no que se refere à avaliação apenas das condições mínimas para a
atuação profissional.
Segundo a senadora Serys, medidas semelhantes já foram adotadas em países como Canadá, Reino Unido, México, Espanha e
Panamá.
Fonte: Agência Senado