17/03/2023
Profissionais da Saúde recebem capacitação para enfrentamento da chikungunya em Curitiba
Encontro da SESA-PR nesta quinta-feira (16) reuniu de forma presencial e online médicos, enfermeiros, profissionais de atenção
à saúde, agentes de endemias e agentes comunitários de saúde de todo o Estado
clique para ampliarTreinamento é uma parceria entre SESA PR, Ministério
da Saúde, OPAS, SMS Curitiba e CRM-PR (Foto: Danilo Avanci/Sesa)
A secretaria estadual da Saúde (Sesa) realizou nesta
quinta-feira (16), em Curitiba, mais um ciclo da capacitação sobre enfrentamento da chikungunya. O encontro,
que dá continuidade às ações para o enfrentamento da doença no Paraná, reuniu de
forma presencial e online, médicos, enfermeiros, profissionais de atenção à saúde, agentes
de endemias e agentes comunitários de saúde de todo o Estado.
O treinamento, denominado “Aspectos Epidemiológicos, Manejo Clínico, Diagnóstico
e Tratamento de Chikungunya”, aconteceu inicialmente nas Regionais de Saúde (RS), onde foram confirmados os primeiros
casos autóctones da doença: Pato Branco (7ª RS), Foz do Iguaçu (9ª) e Cascavel (10ª).
Já foram capacitados cerca de mil profissionais de saúde.
“Neste momento em que há aumento da circulação do Aedes aegypti
no Estado, é de suma importância orientar e sensibilizar o maior número de profissionais sobre o correto
manejo da chikungunya, além de conscientizar a população que é indispensável o combate
ao mosquito transmissor”, explicou o secretário estadual da Saúde, César Neves.
De acordo com Kleber Giovanni Luz, palestrante e consultor da Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde (MS), essa capacitação é
fundamental para permitir que os profissionais promovam uma intervenção precoce dos sinais e sintomas.
“A coleta dos exames, a notificação
dos casos em tempo oportuno e o correto manejo clínico farmacológico são pontos essenciais para o tratamento
e atendimento ao paciente”, disse ele. “O principal objetivo desse ciclo de treinamentos é aprimorar o
conhecimento de quem já tem expertise com a doença e capacitar aqueles profissionais que ainda não tenham
tido contato com pacientes de chikungunya”, explicou.
AÇÕES
Além da capacitação realizada para todo
o Estado, a Sesa vem tomando outras medidas para o combate a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor
da dengue, zika e chikungunya. No início de fevereiro, foi enviado ao Ministério da Saúde (MS) um ofício
com pedido de reforço no número de testes sorológicos e inseticida enviados ao Estado para o controle
químico do mosquito. Ambos os pleitos foram atendidos, e no início desta semana as RS receberam um quantitativo
de mil litros do inseticida para auxiliar nas ações de bloqueio que já estão sendo realizadas
pelos municípios.
A Sesa também
firmou junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), por meio do Centro de Inteligência
Estratégica para a Gestão Estadual do SUS (Cieges), a implantação de um termo de cooperação
em relação à construção de painéis para monitoramento em tempo real da chikungunya
no Estado.
Está sendo elaborada
uma nota orientativa sobre “Chikungunya Congênita – Orientações para manejo de gestantes e
recém-nascidos no Estado do Paraná”. “Estamos fazendo tudo que está ao alcance do poder público
e pedimos que a população também faça a sua parte, pois cerca de 80% dos criadouros que são
de fácil remoção e estão localizados em ambientes domiciliar”, disse Neves.
SINTOMAS
Os principais sintomas da
doença são febre, dores intensas nas articulações, dores pelo corpo, erupções avermelhadas
na pele, dor de cabeça e náuseas. A chikungunya pode deixar os indivíduos incapacitados total ou parcialmente,
por meses ou anos, em razão de dores articulares crônicas, impactando diversos setores econômicos além
da sobrecarga dos serviços de saúde.
“É importante que as pessoas entendam que é necessário o apoio e a conscientização
para manter seu quintal limpo e a residência livre de focos do mosquito. A chikungunya não termina em uma semana,
principalmente quando consideramos que em metade dos casos as pessoas permanecem com dores articulares por anos. A melhor
prevenção continua sendo a remoção dos criadouros”, reforçou a coordenadora de Vigilância
Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.
DADOS
Conforme o último boletim epidemiológico divulgado, há 38 confirmações
de chikungunya no Paraná, sendo 23 casos importados, 13 autóctones e dois ainda em investigação
quanto ao local provável de infecção. Os casos autóctones (quando a doença é contraída
no município de residência) ocorreram em Pato Branco, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu,
Matelândia e Umuarama.
PARCERIA
O treinamento é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ministério
da Saúde (MS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Secretaria Municipal de Saúde
de Curitiba (SMS) e o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).
FONTE: SESA PR