Presidente do CFM defende segurança aos médicos e exalta empenho dos profissionais
Em mensagem de vídeo, Mauro Ribeiro informa o que a autarquia tem feito para ajudar as autoridades brasileiras a vencer a
pandemia
Em mensagem enviada a todos os médicos brasileiros
e disponível nas redes sociais do Conselho Federal da Medicina (CFM), o presidente da entidade, Mauro Ribeiro, enaltece
o trabalho dos profissionais de medicina “que não fugiram à luta e estão liderando o processo de
combate à COVID-19”, cobra dos gestores públicos EPI em quantidade suficiente para proteger a saúde
de quem está na linha de frente e informa o que a autarquia tem feito para ajudar as autoridades brasileiras a vencer
a pandemia.
VEJA A MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CFM
Mauro Ribeiro lembra que a COVID-19 é
uma doença nova e que ainda não se sabe quais efeitos terá a médio e longo prazos, nem como será
sua interação com doenças crônicas. Diante desse cenário de incertezas, cabe ao médico
guiar-se pelas evidências científicas disponíveis até o momento. “É sabido que
as medidas de higienização, de proteção individual e de restrição de contato são
as mais eficazes para evitar que a pandemia continue a se alastrar e faça mais vítimas, pois é isso o
que a ciência nos ensina até agora”, afirma.
Salvar vidas
Segundo Mauro Ribeiro, para ajudar as autoridades sanitárias no esforço de salvar vidas, o CFM
tem contribuído nas discussões sobre uso de substâncias contra o coronavírus, além de propor
a ampliação do prazo de validade das receitas de medicamentos de uso contínuo. Também tem exigido
dos gestores públicos e privados condições de trabalho adequadas para o médico, o que inclui a
oferta de todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais que estão na linha
de frente.
“Em meio a toda essa batalha,
o papel de médicos e médicas é fundamental, é chave na orientação, no acolhimento
e no tratamento de doentes e suspeitos de COVID-19. O CFM está convicto de que darão o seu melhor para ajudar
milhões de brasileiros. Contudo, devem ser ofertas as condições necessárias para que sua missão
seja realizada”, enfatiza Mauro Ribeiro. “Contra essa pandemia, máscaras, luvas, aventais, protetores de
face e gorros são insumos mandatórios. Assim como água, sabonete líquido e álcool gel ou
70% para higienização das mãos e das áreas de atendimento”, exemplifica.
Bem-estar
Além disso, o presidente do CFM também explicou que a autarquia já
recomendou ao Governo Federal a criação de serviços específicos nas unidades de atendimento para
monitorar o bem-estar dos profissionais. Ainda argumentou que os responsáveis pelos serviços de saúde
devem usar de modo inteligente a força de trabalho, evitando o desgaste desnecessário dos médicos e das
equipes. “Escalas de repouso, alimentação, roupas de trabalho higienizadas, salas de descanso são
condições que, se cumpridas, ajudarão a reduzir baixas nesse grupo por fadiga ou estresse”, constatou.
Mauro Ribeiro é enfático ao
afirmar que os profissionais de saúde precisam de segurança para trabalhar. Nesse sentido, informa que a autarquia
criou uma plataforma digital que vai permitir que médicos informem a falta de EPI e de condições de trabalho.
“Ao acessar o portal médico, o médico poderá comunicar se há falta de insumos, de EPI, de
equipes em sua unidade de trabalho. Essas informações nos ajudarão a cobrar providências e a melhorar
o atendimento da população”. O presidente do CFM argumenta que independentemente do quadro emergencial,
é preciso assegurar o mínimo necessário para que a assistência seja realizada.
Ao final da sua fala, o presidente do CFM ressalta o importante
trabalho realizado pelos médicos brasileiros e destacou a necessidade de que sejam valorizados e reconhecidos. “Expresso
humildemente minha gratidão e meu apreço pela forma digna, ética e cidadã como têm agido.
Nosso apoio a todos profissionais da saúde que já renunciaram ao seu bem-estar, bem como ao de suas famílias,
para enfrentar este momento de emergência epidemiológica, que exigirá o empenho de todos para o controle
da pandemia da COVID-19. Tenham certeza, meus amigos: o CFM, os conselhos regionais de medicina e o Brasil estão com
vocês”, concluiu.