03/11/2021
A cada ano, são mais de 340 mil bebês prematuros, o que equivale a 12% dos nascidos vivos, superior à média mundial de 10%. índices de mortalidade infantil ocorrem antes de a criança completar um ano de idade
O Brasil tem mais de 340 mil bebês nascidos prematuros por ano. O número equivale a 12% dos nascidos vivos e preocupa especialistas da área, porque é superior à média mundial de 10%. Estudos comprovam, ainda, que os maiores índices de mortalidade infantil ocorrem antes de a criança completar um ano de idade. A prematuridade é a principal causa de óbitos nesta faixa etária.
Com a pandemia da Covid-19, aumentaram os riscos de mulheres gerarem bebês prematuros, como uma das complicações da própria doença .Além disso, por conta do medo e do afastamento social, grávidas deixaram de comparecer às consultas de pré-natal com medo de se infectarem, o que não é aconselhado pelos médicos.
Consultas e exames de pré-natal não podem ser interrompidos. Basta que sejam mantidos os protocolos de distanciamento social recomendados pelas autoridades sanitárias, pois eles são a garantia de um nascimento seguro, no tempo certo, advertem especialistas.
No Novembro Roxo (mês em que é lembrada a importância de se falar sobre a prematuridade), a Dra. Gislayne Nieto, pediatra responsável pelo Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Paranaense de Pediatria, alerta que é essencial proteger a maternidade.
Por conta de tal cenário, a médica explica que a entidade desenvolverá diversas ações, incluindo campanha pelas redes sociais, podcasts com especialistas de renome nacional na área e conscientização da sociedade.
Entre eles, o Dr. Renato Kfouri, infectologista presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações; a Dra. Lillian Sadeck, neonatologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Pediatria; o Dr. Sérgio Marba, instrutor do Programa de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria; e a Dra. Rita Silveira, neonatologista do Hospital das Clínicas da UFRS.
A médica adianta que serão abordados na campanha, ainda, além da reanimação neonatal de prematuros, a importância do suporte ventilatório, nutrição, imunização, cuidados pós-alta dos prematuros.
De acordo com a ONG Prematuridade, a mulher precisa se preparar com antecedência e iniciar o pré-natal tão logo descubra a gravidez. Deve compreender que o acompanhamento da gravidez deve ser feito regularmente e com qualidade.
A Dra. Gislayne adverte que os cuidados especiais com o prematuro devem ter início na sala de parto. Neste ambiente, segundo ela, um em cada seis prematuros irão necessitar ajuda para respirar; e um em cada 60 precisarão de medidas invasivas de reanimação. Tais indicadores, ressalta, tornam de extrema importância as presenças do neonatologista, do pediatra e de uma equipe integrada e treinada para prestar o suporte no atendimento.
Fonte: Sociedade Paranaense de Pediatria