23/07/2007
Polícia combate venda ilegal de remédios pela internet
Combate à venda ilegal pela internet
PF faz operação em seis estados; um laboratório é fechado em Minas
A Polícia Federal (PF) realizou ontem (20 de julho), em seis estados, a Operação Placebo, para combater a venda ilegal
de remédios pela internet. Os agentes atuaram em Minas Gerais, Espírito Santo, Piauí, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul. Os alvos foram pessoas e empresas que negociavam artigos como anabolizantes, abortivos e compostos sem eficácia comprovada,
daí o nome da operação.
Pelo menos quatro suspeitos foram presos. Um laboratório foi fechado e milhares de caixas de produtos foram apreendidas.
A PF contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A maior parte das ações ocorreu em Minas Gerais. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte,
Betim, Ipanema, Pará de Minas e Uberlândia.
Em Ipanema, o laboratório Floriam Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda foi interditado.
Segundo investigações, o estabelecimento produzia um medicamento fitoterápico denominado Copo de Saúde, para tratar diabetes.
A Anvisa informou que o produto não tem registro na agência, nem eficácia comprovada.
Em Uberlândia, os policiais apreenderam 85 caixas de medicamentos contra impotência sexual, como Viagra, Cialis e Levitra.
Os remédios estavam na casa de Dulce Elaine Faria de Oliveira, que os revendia.
- É uma pessoa que faz a venda pela internet. Alguns produtos encontrados não podem ser comercializados no Brasil, o
que indica que esses remédios foram contrabandeados - disse a delegada Cristina Amaral Figueiredo.
Em Nova Venécia, no Espírito Santo, os policiais federais apreenderam milhares de remédios e cosméticos cuja venda é
proibida no Brasil. O material era tão grande que foram necessários dois caminhões para transportálo. Uma pessoa foi detida.
Em Porto Alegre, outros dois homens foram presos por vender medicamentos, segundo a polícia, usados por mulheres para fazer
aborto.
Em Florianópolis, o dono de uma academia de ginástica também foi detido, por vender anabolizantes pela internet.
Fonte: O Globo
Polícia apreende remédio falso e vendido pela internet
PF prendeu 4 pessoas e cumpriu mandados de busca em 6 Estados
A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Placebo, de combate à venda ilegal pela internet de medicamentos e produtos
sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quatro pessoas foram presas e mandados de busca e apreensão
cumpridos em seis Estados: Minas, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O alvo dos agentes eram o comércio e a publicidade ilegal de anabolizantes, abortivos, drogas falsificadas e pílulas que
não causam qualquer efeito: os chamados placebos. A Unidade de Combate a Crimes Cibernéticos da PF teve apoio de fiscais da
Anvisa. Técnicos se passaram por clientes e compraram os produtos pela internet.
Segundo a PF, duas pessoas foram presas em flagrante no Rio Grande do Sul, com 89 comprimidos abortivos. No Espírito Santo,
um comerciante foi preso no município de Nova Venécia. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em três cidades capixabas.
O material - medicamentos, cosméticos e fitoterápicos vendidos sem autorização da Anvisa - encheu dois caminhões-baú.
Em Florianópolis (SC), o dono de uma academia de musculação foi preso em flagrante. Os agentes federais recolheram no
local 750 anabolizantes.
MINAS
Boa parte das irregularidades foi constatada em Minas, onde a PF cumpriu dez mandados em Belo Horizonte e outras quatro
cidades. Ninguém foi preso. Na capital mineira, policiais estiveram no apartamento de uma mulher que comercializava o produto
"Fator P". Anunciado como planta medicinal eficaz no combate à dor de coluna, artrite, artrose, bursite e varizes, análises
revelaram que contém droga sintética.
Em Ipanema, os agentes interditaram o laboratório Floriam, onde foram apreendidas caixas com o produto "Copo da Saúde",
que promete auxílio ao tratamento de diabete. Em Pará de Minas, a PF entrou em duas casas onde eram comercializados o medicamento
Pramil (Sildenafil) 50 mg Novophar e outros "produtos similares ao Viagra". Em Betim e Uberlândia, foram apreendidos em casas
medicamentos indicados para impotência. Os agentes federais cumpriram mandados também na empresa Guiam Tecnologia em Internet.
De acordo com a delegada Cristina Amaral Figueiredo, a pena para produção e comercialização de remédios sem licença vai
de 10 a 15 anos de reclusão. Até o início da noite, a PF não havia divulgado informações sobre a operação em Pernambuco e
no Piauí. Representantes da Guiam e da Floriam não foram localizados pelo Estado.
Fonte: O Estado de S.Paulo