10/07/2020
Palestrante foi o Prof. Valderílio Feijó de Azevedo, membro da Comissão Científica da Sociedade Paranaense de Reumatologia e da Comissão de Espondiloartrites da Sociedade Brasileira de Reumatologia
O Prof. Valderílio Feijó de Azevedo foi o palestrante convidado da webconferência integrada à 60.ª Sessão Plenária Temática do Conselho Regional de Medicina do Paraná, realizada na tarde de quinta-feira (9). O tema abordado foi “Impactos da Pandemia na Reumatologia”, seguido de análise e debate com os conselheiros. Professor da Universidade Federal do Paraná e chefe do serviço de reumatologia do Hospital de Clínicas, o Dr. Valderílio também é membro da Comissão Científica da Sociedade Paranaense de Reumatologia e da Comissão de Espondiloartrites da Sociedade Brasileira de Reumatologia, instituições que foram convidadas para participar da campanha de orientação à população que o CRM-PR vem desenvolvendo ao lado das sociedades de especialidade. A sessão foi aberta pelo presidente do Conselho, Roberto Yosida, que foi secretariado pelo colega Luiz Ernesto Pujol, que lavrou a ata.
O palestrante expôs pormenorizadamente as várias drogas usadas em reumatologia e que, por suas funções imunomoduladoras, têm sido estudadas quanto à provável ação nos doentes com Covid-19. De acordo com o professor, inúmeras pesquisas ainda não confirmaram, até o momento, efetivas ações in vivo sobre o SARS Cov-2 de nenhuma das drogas das ditas “reumatológicas”.
Como esclareceu o Prof. Valderílio Feijó de Azevedo, o entrosamento entre as especialidades que mais se dedicam aos estudos da atual pandemia pelo novo coronavirus, principalmente a infectologia, pneumologia e intensivistas, necessitam de plena dedicação na análise e testes terapêuticos efetivos para o combate dessa virose, o que até o momento ainda não foi conseguido. Ainda de acordo com o palestrante, mesmo diante da angústia e insegurança da população ‑ e da classe médica na expectativa do surgimento de um tratamento que cure os doentes Covid-19 ‑, é importante lembrar que os doentes reumatológicos não deixem de fazer seus seguimentos médicos, do uso contínuo das drogas específicas às suas doenças, e os cuidados preventivos do uso de máscara, higiene das mãos e isolamento social.
Como destacou, hoje existem pelo menos 150 mil pacientes em tratamento somente no sistema público e que a incorporação da telemedicina contribuiu para ajuste rápido de rumo na especialidade, fazendo com que a presença do paciente no hospital não fosse imprescindível, sendo incrementado o atendimento a distância. Como reforçou, ainda sem o caminho terapêutico para combate ao novo coronavírus, muitos medicamentos de enfermidades já conhecidas e estudadas passaram a ser usados por iniciativa da população do Brasil e de outros países, comprometendo os estoques e prejudicando os pacientes em tratamento. Expressou, assim, preocupação com as consequências advindas do problema da automedicação. Por fim, reforçou a importância da postura de equilíbrio da comunidade médica neste momento, assegurando seu compromisso e colaboração com as boas práticas.