12/08/2011

Planos de saúde fazem pressão por aumentos

Empresas alegam que acréscimo nos procedimentos obrigatórios encarece operação



Autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o novo rol de procedimentos, com cobertura obrigatória dos planos a partir de janeiro de 2012, é alvo de críticas das operadoras. Para atender à determinação, as empresas afirmam que seria necessário aplicar novos reajustes aos clientes. Em nota, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) diz que a href="http://www.ans.gov.br/modules/mod_legislacao/exibir/texto_lei.php?id=1786" target="_blank">Resolução Normativa 262 "pode custar a falência de algumas operadoras, principalmente aquelas de pequeno e médio porte".

Divulgada no início de agosto, a lista inclui 60 novos procedimentos, ampliando a cobertura assistencial mínima obrigatória. Entre os itens adicionados, 41 cirurgias por vídeo, como refluxo gastroesfágico (tratamento cirúrgico) e cirurgia bariátrica (redução de estômago). Os consumidores passarão a ter acesso a mais 13 exames, incluindo análise molecular de DNA, consultas adicionais com nutricionistas e indicações para terapia ocupacional. Pacientes com diabetes mellitus em uso de insulina ou no primeiro ano de diagnóstico terão direito a 18 sessões de nutricionista por ano de contrato.


Monitoramento

Quando a lista de serviços entrar em vigor, em 2012, a ANS vai monitorar as operadoras, para detectar possíveis reflexos financeiros. Caso isso venha a ocorrer, o custo adicional será incluído no reajuste posterior das mensalidades pagas pelos usuários, que é autorizado anualmente pela ANS.

De acordo com a agência, os novos serviços não devem trazer aumento de despesas às operadoras de planos de saúde, porque a maioria dos procedimentos autorizados é cirurgia em vídeo, feitas por câmeras especiais. Ainda segundo a ANS, esse tipo de procedimento é menos invasivo do que o método tradicional e reduz o tempo de internação do paciente.

Na última revisão da lista de serviços, feita em 2010, não foi identificado impacto financeiro para o setor, segundo a agência. Naquela ocasião, foram incluídos 80 procedimentos médicos. Em 2008, quando também houve uma atualização da lista, o impacto foi de 1,1%. A lista de cobertura obrigatória é revisada a cada dois anos pela ANS.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras, informou, em nota, que os novos serviços serão rigorosamente cumpridos pelas empresas filiadas.


Fonte: O Dia e Agência Brasil

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