10/11/2021

Pesar pelo falecimento do médico do trabalho Mansur Miguel Mitne (CRM-PR 6.346), de Londrina

Médico tinha 73 anos de idade e 46 de formação. Sua despedida ocorreu na tarde de terça-feira (9) em clima de festa entre familiares, amigos e pacientes, com chope e samba, como era sua vontade

O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com pesar o falecimento do médico Mansur Miguel Mitne (CRM-PR 6.346), ocorrido na noite de segunda-feira (8), em Londrina, cidade do Norte do Paraná onde concentrou a sua carreira profissional. Tinha sido internado ainda em outubro no Hospital do Coração. Ele tinha 73 anos de idade e 46 de formado pela Universidade de Mogi das Cruzes (SP). Era especialista em Medicina do Trabalho. Também atuou no campo político, tendo sido candidato a deputado estadual na década passada, mas não foi eleito.

A despedida do Dr. Mansur ganhou repercussão ampla nos meios de comunicação e nas redes sociais, face a um pedido que ele fez ainda em vida, de que seu velório fosse marcado por samba, chope e família, amigos reunidos e pacientes. O velório ocorreu a partir das 14h de terça-feira (9) na capela da Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf). Mesmo após o sepultamento as homenagens continuaram, assim como o som e a bebida, que foram interrompidos às 18h a pedido da Guarda Municipal, para fechamento do cemitério.

clique para ampliarclique para ampliarO convite inusitado para despedida. (Foto: Reprodução)

Os filhos do médico, Gustavo e Valéria, explicaram que o velório com todos os itens de uma comemoração era um desejo de infância dele e que se reforçou quando adoeceu. Para seu velório, queria que tivesse chope de uma marca específica e música. Bastante música. Tal experiência ele já tinha exercitado em 2019, quando do falecimento da esposa e que teve homenagem semelhante.

De acordo com amigos, o médico era conhecido por seu jeito alegre e por adorar rodas de samba. E o clima assim se seguiu em seu velório e também no cortejo até o local do sepultamento, o Cemitério Municipal São Pedro. No adeus, sucessos como “O show tem que continuar” e “Tiro ao Álvaro” na trilha sonora. Salvo o pedido em determinado momento para que o som fosse reduzido, atendendo a pessoas que estavam em outros velórios, tudo transcorreu em clima de respeito e alegria, conforme pessoas que acompanharam.

No local, uma foto em formato de banner se juntou às muitas coroas de flores. E no cemitério, até algumas garrafas e copos vazios ficaram pelo caminho. “Ele era o cara”, disse a filha a uma emissora de televisão. De acordo com amigos, o Dr. Mansur trabalhou como médico particular em Londrina e também em Ibaiti. “Era comum fazer consultas gratuitas às pessoas humildes”, relatou uma ex-paciente que esteve na despedida.

O “convite” para a despedida já tinha sido chamativo, com uma foto do Dr. Mansur segurando uma taça de cerveja. A chamada em destaque era “Velório festivo das 14 às 16h. Enterro na sequência”. Em letras menores, na parte superior, o refrão da música de Gonzaguinha: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar, e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz”. Como complemento, a mensagem dos amigos e familiares: “Iremos comemorar os ensinamentos que ele nos deixou, como amigo, médico, pai, ser humano, etc... FELICIDADE é o resumo... Vamos festejar mais esse momento da vida dele. Obrigado por tudo nosso ídolo”.

Natural de São Paulo (SP), onde nasceu em 21 de julho de 1948, o Dr. Mansur registrou-se inicialmente no Conselho de Medicina de São Paulo. Inscreveu-se no CRM do Paraná em fevereiro de 1979.

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