26/05/2020
Tinha 89 anos de idade e mais de seis décadas de formação, tendo sido responsável por centenas de partos no litoral. Tinha CRM n° 742 no Paraná e 391 em Santa Catarina
O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com pesar o falecimento do médico José Ramos May (CRM-PR 742), ocorrido neste domingo (24 de maio) em Morretes, cidade litorânea do Estado onde concentrou grande parte de sua carreira profissional. Tinha 89 anos de idade e mais de seis décadas de trabalho. Tratava de um câncer desde dezembro de 2019, tendo suspendido suas atividades habituais somente em fevereiro deste ano. Era irmão e tio de médicos. As condolências aos familiares e amigos.
O corpo do médico foi velado na Câmara Municipal de Morretes e trasladado nesta segunda (25) para Curitiba, para ser cremado. Estava registrado no Conselho do Paraná desde julho de 1959. Mantinha consultório no centro de Morretes e atuou em outras cidades do litoral e ainda em Santa Catarina, como na cidade de Tubarão. Naquele estado tinha registro n°391 no CRM-SC.
Nas redes sociais, muitas manifestações de solidariedade ao médico, responsável por grande número de partos no litoral. Um interna uta escreveu: “Minhas condolências à família enlutada e a todas as famílias Morretenses. Vai-se um grande profissional, um ilustre cidadão, profissional que cumpria o juramento cuidando com muito carinho dos seus pacientes. “Descanse em paz Dr. José Ramos May”. Outra pessoa reforçou: “Descanse em paz e que continue a sua missão aí de cima. Ele foi o meu ginecologista há 28 anos. Graças a Deus ele nos salvou num parto complicado; que Deus conforme os corações da família”. Mais uma complementou: “Estou muito triste, chorando. Grande pessoa e grande médico. Deus o guarde em um melhor lugar lá no céu. Só Deus para nos consolar”.
O advogado Renato Follador, articulista de jornais e portais, registrou:
“Morretes perdeu esta semana o Dr. José Ramos May. Ninguém pode dizer-se morretense sem ter passado por ao menos uma consulta com ele. Cirurgião, clínico geral, pediatra... Dizem que metade da cidade nasceu por suas mãos, em seus quase 90 anos de vida. Acredito.
Figura carismática, bondosa e simples; conduta extraordinária, mostrava um rosto sisudo no início para logo na primeira frase tornar-se uma simpatia de pessoa.
Mais que médico de seus pacientes, tornava-se um verdadeiro amigo. Nunca quis deixar sua bucólica Morretes. Nenhuma proposta o seduzia. Nem dinheiro. Nem fama. O respeito que inspirava no mais humilde até no mais privilegiado morador era admirável.
Poucos seres humanos podem se dar ao luxo de continuarem vivos depois da morte. Pois o Dr. José estará sempre vivo na mente e no coração daqueles que com ele conviveram. Sua história não acabou, pois, com certeza, seu exemplo inspirou outros que continuarão seu trabalho. Mas ele foi único!”