10/11/2023
Tinha 94 anos de idade e 71 de graduação em Medicina pela UFPR. Era viúva do cirurgião geral Enny Luiz Fachin, ex-conselheiro do CRM-PFR e fundador da Unimed de PG, e mãe da ginecologista Moraima Fachin Baldanzi
O Conselho Regional de Medicina do
Paraná registra com pesar o falecimento da médica Olga Thomé Fachin (CRM-PR 290), especialista em Medicina
do Trabalho, uma das pioneiras da Universidade Estadual de Ponta Grossa e que era viúva do cirurgião geral e
coloproctologista Enny Luiz Fachin (CRM-PR 289), também professor da UEPG e falecido em março de 2015. A Dra.
Olga tinha 94 anos de idade e 71 de graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná. Ela faleceu
na quarta-feira ( de novembro) em Ponta Grossa (PR), sua cidade natal e onde concentrou toda a sua carreira profissional a exemplo do marido, liderança que levou à constituição
da Unimed da cidade e da qual foi o primeiro presidente. O Dr. Enny ainda foi conselheiro do CRM-PR (1973-1978) e presidente
da Associação Médica de Ponta Grossa.
Nascida em 25 de março de
1929, a Dra. Olga residia no centro de Ponta Grossa. O corpo foi velado na capela São Francisco e o sepultamento ocorreu
às 11h de quinta-feira (9). Além de netos, deixou as filhas Diana e Moraima Fachin Baldanzi (CRM-PR 6.814),
médica especialista em ginecologia e obstetrícia e também com atuação em Ponta Grossa.
As condolências da classe médica aos familiares e amigos da Dra. Olga, que em 2003 tinha sido homenageada pelo
Conselho na passagem do Jubileu de Ouro na profissão e também de casamento – o Dr. Enny era do mesmo ano
de Medicina e recebeu junto o Diploma de Mérito Ético. Quando faleceu, em 7 de março de 2015, o Dr. Enny
tinha 88 anos de idade.
A UEPG também emitiu nota
de pesar pelo falecimento da Dra. Olga e ainda da agente administrativa Anastacia Nabozny. A Universidade destacou que “a
Licenciatura em Educação Física da UEPG cresceu sob forte contribuição da professora Olga,
e que, “depois ofereceu muita contribuição para a área da saúde”. Ainda de acordo
com o registro, enquanto uma das pioneiras da UEPG, “atuava como professora da disciplina de Primeiros Socorros, nas
primeiras décadas da instituição”.
Na publicação em sua
página na internet, a Universidade cita que a sobrinha, a professora aposentada Olinda Chamma, assistiu à tia
atuar com excelência na instituição: “Ela realizava laudos de perícia, sempre que solicitada,
além de atuar como médica do trabalho”. Reforça que a Dra. Olga colaborou “para o nascimento
e crescimento da UEPG, pois entrou no ano de sua criação, em 1969, e se aposentou 25 anos depois. Ela deixou
a UEPG para se dedicar à Medicina do Trabalho, tendo clinicado em seu consultório até os 80 anos”.
Para Olinda, o legado da Dra. Olga durará para sempre: “Um exemplo de tenacidade, energia e dedicação,
tanto na profissão quanto na vida”.
O professor aposentado Carlos Luciano
Vargas trabalhou juntamente com a professora Olga na implantação da Segurança e Medicina do Trabalho
na UEPG, em 1985. “Quando fui presidente da Cipa, sempre recorria a ela para ministrar cursos de primeiros socorros
e prevenção em saúde, males do tabagismo e do álcool”. Olga foi muito receptiva quando o
assunto era prevenção, segundo ele. “Isso numa época em que se dava a mínima atenção
para essa área”. Sempre acompanhada de sua maleta de médica, com vacinas de gripe que conseguia com laboratórios
parceiros, era certo de alguém sairia imunizado ao encontrar-se com ela. “Sempre que encontrava alguém,
cercava a pessoa e aplicava ali mesmo no corredor. Tinha gente que se escondia dela com medo de levar uma picada. Olga era
uma pessoa muito dedicada e objetiva”.