20/01/2017

Pesar pela morte do ministro Teori Zavascki

Presidente do CRM-PR expressa solidariedade e expectativa de que continue vivo espírito zeloso das leis e da Justiça que o relator impunha à Lava Jato

O Conselho Regional de Medicina do Paraná expressa seu profundo pesar com a morte do ministro do STF Teori Zavascki, que faleceu juntamente com outras quatro pessoas em acidente com avião de pequeno porte ocorrido na tarde de quinta-feira, 19, próximo à Ilha Rasa, no Rio de Janeiro. O CRM-PR, por seus conselheiros, delegados e colaboradores, alinha-se à corrente de solidariedade neste momento de tristeza e dor.

O ministro do STF, de 68 anos, era viúvo e deixa três filhos: Francisco, e Alexandre Prehn Zavascki, que é médico com especialidade em infectologia e clínica médica e que atua no Rio Grande do Sul.

Na queda da aeronave, que se deslocava de Campo de Marte (SP) para Paraty (RJ), faleceram, além do ministro, o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, o piloto Osmar Rodrigues e ainda Maria Hilda Panas Helatczuk e a filha dela, a estudante de fisioterapia Maíra Panas.

Diante da comoção e perplexidade geradas, sobretudo nos meios jurídico e político, a classe médica confia numa rápida apuração das causas da tragédia, de modo a evitar especulações, e que também haja serenidade, sensatez e brevidade na indicação do sucessor de Teori Zavascki na mais alta Corte de Justiça do País.

O presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, lamentou a tragédia e o impacto que ela traz à sociedade em decorrência da grande expectativa depositada ao ministro enquanto relator no Supremo Tribunal Federal da ação que ganhou a denominação popular de Lava Jato. Ao reconhecer a postura ética, imparcial e extremamente técnica oferecida pelo ministro Teori Zavascki, o presidente do Conselho assinala que a classe médica, assim como a população de modo geral, anseia que todo o trabalho dele e de seus pares não sofra maiores interrupções e que prevaleça a certeza de que não se descaracterize o rigor jurídico firmado nestes últimos dois anos.

Embora reconhecendo que a inesperada perda atinge o “coração” do maior processo de combate à corrupção da história do Brasil, Luiz Ernesto Pujol entende que há uma base bem solidificada para a continuidade do caso, apesar de sua complexidade e extensão. “Era um pilar-mestre, mas que não pode e não vai derrubar a estrutura que consolidou sob a bandeira da ordem, da justiça e em respeito ao Estado de Direito em nosso País”, referiu-se ainda o presidente do Conselho, sem deixar de elogiar que o ministro Teori engrandeceu o STF e ofereceu à sociedade a convicção de novos tempos contra a impunidade e as ações lesa-pátria,que têm no setor de saúde um de seus maiores reflexos.

Finaliza Luiz Ernesto Pujol: ”A dilapidação do patrimônio público, com desvio de recursos que deveriam chegar à assistência, causou e causa danos irreparáveis no seio da população, sobretudo das camadas sociais mais vulneráveis. São vidas perdidas e que engrossam as estatísticas do descaso, da omissão. Esta mistanásia, infelizmente, não vai aparecer nas acusações que pesam àqueles que, por anos, julgaram-se acima da lei. Que o espírito zeloso das leis e da Justiça do ministro continue vivo entre seus pares”.

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