07/08/2020
Especialista em ginecologia e obstetrícia, ele tinha 90 anos e faleceu no hospital. Estava formado há 65 anos; em 2005 ele tinha sido distinguido com o Diploma de Mérito Ético
O Conselho Regional de Medicina do Paraná registra com pesar o falecimento do médico Dr. José Jacyr Leal (CRM-PR 261), ocorrido na madrugada desta sexta-feira (7) no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, cidade onde residia e concentrou toda a sua carreira profissional. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, ele tinha 90 anos de idade. Foi casado com D. Dorotéa Maria Gomes de Macedo Leal, com quem teve quatro filhos, um deles o Dr. José Jacyr Leal Junior (CRM-PR 9.908), que seguiu seus passos na Medicina e na especialidade. O sepultamento ocorre nesta data no Cemitério Parque Iguaçu, em Curitiba, em cerimônia restrita aos familiares. As condolências da classe médica aos familiares e amigos.
Nascido em maio de 1930 em Piraquara, Grande Curitiba, o Dr. José Jacyr Leal formou-se em dezembro de 1955 pela Universidade Federal do Paraná. Fez parte do primeiro grupo de médicos a se inscrever no então recém-criado Conselho de Medicina do Paraná, em 19 de agosto de 1958. Em outubro de 2005, na tradicional solenidade do Dia do Médico, ele foi homenageado pelo CRM-PR, que lhe conferiu o Diploma de Mérito Ético-Profissional pelos 50 anos de formado com histórico exemplar. O médico foi responsável por centenas de partos.
Despedida
O filho médico, que é diretor do Instituto Jacyr Leal e representante da Associação Médica do Paraná na AMB, registrou nas redes sociais a partida do Dr. Leal, durante a madrugada, depois de passar os últimos momentos ao seu lado: “90 anos é uma bela idade. Grande parte dedicada à Medicina. Aprendi com meu pai a abrir as portas do céu pela qual chegam à Terra todas as crianças. Também me ensinou a amar e respeitar cada uma delas.
Hoje eu vi essas portas se abrirem mais uma vez. Acabaram de abrir. Só que agora para meu pai voltar para casa. Retornar para Deus. Voltou em silêncio e paz.
Não foi embora sem que eu pudesse ter antes uma última conversa, falar que o amava e agradecer todo esforço do possível dele, como o amor pela minha mãe, (ele teve sorte, o danado, ela era linda em todos os aspectos) e a dedicação pelos quatro filhos.
Ok! Teve cinta e correria pela casa, mas também muita atenção e dedicação.
Tentei dar uma olhadinha para o outro lado para ver se via minha mãe, minha irmã, quem, afinal, teria vindo buscá-lo, mas não consegui ver muita coisa. Apesar de médico, também não consegui confirmar a partida. Chamei a enfermeira.
Uma experiência e tanto a oportunidade de conhecer meu pai, ter trabalhado por tantos anos na mesma profissão, ter aprendido com ele tanta coisa, assim como ensiná-lo as novidades que eu ia buscar nos congressos.
E que oportunidade maravilhosa estar com você aqui agora, meu pai.
Graças a você e a nossa mãe, estamos todos muito bem preparados para esse momento e felizes por nossa história. Foi uma honra compartilharmos a vida. São 3h43 min. Obrigado pai. Até breve.”