De acordo com informações da Secretaria da Saúde do Paraná, são cinco pacientes com suspeita da doença, quatro meninos e uma
menina, com idades entre 2 e 13 anos; um caso foi descartado
A Secretaria de Saúde do Paraná (SESA)
informou que o Paraná já tem cinco casos suspeitos de hepatite aguda grave em crianças, de origem desconhecida:
são quatro meninos e uma menina, entre 2 e 13 anos. Durante a sessão na Câmara de vereadores de Maringá,
na última quarta-feira (18), o secretário interino de saúde, Clóvis Augusto de Melo, falou sobre
a nova hepatite misteriosa que tem atingido crianças em diversos países. Ela estaria relacionada a uma coinfecção
entre Covid-19 e adenovírus, ou seja, quando a criança pega um vírus e depois o outro. Após
essa fala, a prefeitura de Maringá enviou à imprensa uma nota oficial, em que confirmou que havia um caso sendo
investigado na cidade, mas que foi descartado. Agora, a prefeitura investiga se tem outro caso.
No mundo todo,
de acordo com a Organização Mundial da Saúde, foram registrados 429 casos dessa nova hepatite, com 6
mortes e 26 pessoas que precisaram fazer transplante de fígado. A doença atinge principalmente crianças.
"A forma de transmissão dessa hepatite é de pessoa a pessoa, com sintomas respiratórios. O adenovírus
tem uma característica que ele também cursa com infecções intestinais, além do paciente
ter também o olho amarelo", disse a infectologista Ana Gurgel, dizendo que há fortes indícios que o vírus
já tenha sido detectado na cidade. Para a infectologista, a vacinação e os cuidados com a higiene
são fundamentais para evitar ou diminuir a propagação do vírus.
Veja na íntegra
o posicionamento da Sesa:
"A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) tem uma vigilância
estabelecida para hepatite viral aguda (inflamação no fígado) causada pelos vírus comuns que causam
a hepatite viral aguda, como o vírus da hepatite A, B, C, D e E.
Entretanto, diante das notícias
internacionais de uma hepatite aguda de origem desconhecida em crianças, a Sesa está organizando o fluxo de
vigilância e o apoio laboratorial e capacitando os serviços de saúde sobre a doença, emitiu nota
técnica e realizou videoconferência sobre a questão junto às Regionais de Saúde, Rede CIEVS
Paraná e Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do estado.
Além disso, monitora diariamente as ocorrências dos casos e a evolução
das investigações realizadas nos países que já estão apresentando casos anteriormente,
em busca de evidências que possam direcionar e apoiar as condutas já adotadas pelo Paraná.
Até o momento, o Paraná teve cinco casos suspeitos,
sendo que um já foi descartado. São quatro meninos e uma menina, com idades entre 2 e 13 anos."