11/06/2013
Cerca de 58% das crianças do Estado foram imunizadas no último sábado (8)
O balanço parcial do Ministério da Saúde indica que 6.051.890 crianças em todo país foram vacinadas contra a poliomielite no primeiro fim de semana da campanha. Ou seja, 47% dos 12,9 milhões de crianças de 6 meses a menores de 5 anos que existem no Brasil já participaram da mobilização. A meta é atingir 95% dessa faixa etária, o que totaliza 12,2 milhões de crianças. Os dados foram repassados pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde até às 17h desta segunda-feira (10).
O Ministério da Saúde realizou no último sábado (8) o Dia D de Mobilização, quando
115 mil postos permanentes e móveis estiveram abertos. A ação marcou o início da campanha deste
ano, que dura até 21 de junho. Os estados com as maiores coberturas vacinais, até o momento foram: São
Paulo (62,29%), Rio Grande do Sul (62,20%), Paraná (57,78%), Rondônia (53,10%) e Goiás (52,60%). O melhor
desempenho por subgrupo de idade até o momento foi entre as crianças de 6 meses a menores de 1 ano, atingindo
51,40% do público-alvo, o que representa 749.528 doses aplicadas.
Vale ressaltar que neste ano a Campanha Nacional
de Vacinação contra a Poliomielite será realizada somente em uma etapa. No ano passado, todas as crianças
até 5 anos incompletos participavam. Já neste ano, o público-alvo da campanha são as crianças
a partir dos 6 meses, que tomam a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as menores de 6 meses já estão
sendo vacinadas com a vacina injetável (VIP) nos postos. Para repetir o sucesso das campanhas anteriores, é
preciso que os pais e responsáveis levem as crianças aos postos com a caderneta de vacinação dos
filhos. Dessa forma, o profissional de saúde pode avaliar a situação vacinal da criança, considerando
o esquema sequencial (quadro abaixo). Calendário básico de vacinaçãoEsquema sequencial para crianças
que iniciam a vacinação contra a poliomielite A campanha é realizada em conjunto entre o Ministério
da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde. O Ministério da Saúde investiu R$ 32,3
milhões em repasses do Fundo Nacional para os estados e municípios, sendo destinados R$ 13,7 milhões
à aquisição das vacinas. Em todo o país, foram distribuídas 19,4 milhões de doses
da vacina oral.
Vale lembrar que não existe tratamento para a poliomielite e somente a prevenção,
por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia
da imunização é em torno de 90% a 95%.Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam
com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. A vacina é extremamente segura e não há contraindicações,
sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos
– como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade
a algum componente da vacina –, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser
aplicada.
O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite. De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.
Fonte: Bem Paraná.