A Secretaria de Estado da Saúde confirmou 224 novos casos de Influenza H3N2 nesta segunda-feira (3). Agora, o
Paraná soma 262 diagnósticos positivos, com um óbito. A transmissão da doença já
é considerada comunitária, ou seja, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território,
entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.
Dentre os casos de H3N2, três já foram confirmados para a cepa Darwin, nos municípios de Castro
e Pato Branco (duas mulheres de 23 anos), além de um residente do Rio de Janeiro, diagnosticado na cidade paranaense
de Rio Negro (um homem de 22 anos).
ACESSE
AQUI COMUNICADO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE MARINGÁ
SOBRE A H3N2
ACESSE
AQUI O PROTOCOLO DE TRATAMENTO DE INFLUENZA DO MS
“Estamos passando por um momento atípico, registrando aumento no número de casos e procura hospitalar
nas últimas semanas por Síndrome Gripal e Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG’s)
em pleno verão, sendo que essas doenças possuem maior circulação no hemisfério Sul geralmente
no período do inverno”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Os sintomas
da H3N2 são conhecidos e, em sua maioria, provocam febre alta, tosse, dor de garganta, cabeça, corpo e articulações.
A orientação da Sesa é que em caso de sintomas, a população procure um serviço de
saúde para atendimento.
“As medidas não farmacológicas, como uso de máscaras,
lavagem das mãos e uso do álcool em gel, não servem apenas para evitar Covid-19, mas também para
a Influenza. E em casos de contaminação, o principal é que as pessoas busquem o atendimento nas Unidades
de Saúde espalhadas por todo o Estado”, afirmou o secretário.
“Não estamos com
surto de gripe, mas mais de 700 mil vacinas contra a Influenza ainda não foram aplicadas no Paraná. Precisamos
que a população continue buscando pela imunização, dificultando a infecção pelo
vírus da gripe, seja ele qual for”, completou.
CASOS
A primeira confirmação
da doença foi registrada no Paraná no dia 2 de dezembro de 2021. Agora, os casos estão divididos nos
seguintes municípios: Paranaguá, Almirante Tamandaré, Araucária, Bocaiúva do Sul, Campo
Largo, Colombo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos
Pinhais, Tijucas do Sul, Carambeí, Castro, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, Chopinzinho, Pato Branco, Ampére,
Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Cianorte,
Tuneiras do Oeste, Capitão Leônidas Marques, Terra Boa, Tapira, Paranapoema, Paranavaí, Itaguajé,
Ivatuba, Maringá, Sarandi, Apucarana, Jandaia do Sul, Cambé, Ibiporã, Londrina, Rolândia, Bandeirante,
Cornélio Procópio, Nova Santa Bárbara, Barra do Jacaré, Jundiaí do Sul, Santana do Itararé,
Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Palotina, Quatro Pontes, Terra Roxa, Toledo e Telêmaco
Borba.
A Secretaria também registra 14 casos de residências de outros estados (SP/MT/CE/MG/SC/RS/RJ)
atendidos em Paranaguá, Campo Largo, Campo Mourão, Colorado, Cornélio Procópio, Curitiba, Rio
Negro e Floresta.
Destes, 130 são mulheres e 132 homens. A faixa etária varia de um mês a 89
anos de idade. O óbito é de uma mulher de 77 anos, residente de Maringá.
CEPAS
Com o passar do tempo, a doença sofre mutações, surgindo as chamadas “sublinhagens”,
como a H3N2 que é um tipo do vírus da Influenza A (H3), circulante no Estado há pelo menos cinco anos.
Consequentemente, as sublinhagens possuem “cepas” que distinguem especificamente o vírus responsável
pela infecção, como é o caso da Darwin, recém-descoberta na Austrália e inserida na H3N2.
AÇÕES
Em até 48h da infecção pelo vírus da Influenza,
o medicamento oseltamivir (tamiflu), quando receitado por um médico e em dosagem apropriada, possui efetividade contra
o agravamento do quadro clínico, diminuindo o risco de morte.
A equipe responsável pela Assistência
Farmacêutica da Sesa já disponibilizou o medicamento para todas as Regionais de Saúde e os estoques permanecem
abastecidos. Além disso, a Secretaria também solicitou mais remédios ao Ministério da Saúde
e está em negociação para compra de testes rápidos específicos para a gripe, a fim de ampliar
o monitoramento da doença no Estado.
Atualmente os diagnósticos de Influenza são realizados
nos serviços de saúde após procura por atendimento e também nas 34 unidades sentinela do Paraná
– responsáveis pela detecção de doenças circulantes por meio de amostras aleatórias.
Já com relação a nominação da cepa do vírus, a confirmação depende
do sequenciamento genômico da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
FONTE: Agência Estadual de Notícias
PR, com CRM-PR