01/08/2017
Avaliação é de que medidas implementadas tiveram efeito positivo, mas vigilância precisa continuar
O período epidemiológico da dengue foi encerrado com 870 casos e nenhum óbito no Paraná entre
agosto de 2016 e julho de 2017. O informe técnico divulgado nesta segunda-feira (31) apontou uma redução
de 98% de casos, comparado ao período anterior – de agosto de 2015 a julho de 2016 – que foi finalizado
com 56.351 casos de dengue e 63 óbitos.
“Finalizamos este período com uma situação
muito mais favorável. Isso mostra que as estratégias adotadas pelo Governo no combate à dengue estão
sendo efetivas. Além de recursos para as prefeituras, também organizamos comitês, visitas domiciliares,
fumacês, mutirões de limpeza, campanhas publicitárias, entre outras ações para reduzir esses
números cada vez mais”, detalha o secretário de Saúde em exercício, Sezifredo Paz.
Entretanto,
o cuidado com o Aedes aegypti deve continuar. “Mesmo com a significativa redução de casos que tivemos
do período anterior para este, os cuidados não podem parar”, diz a chefe do Centro estadual de Vigilância
Ambiental, Ivana Belmonte. Ela explica que a dengue é uma doença cíclica, ou seja, pode reaparecer periodicamente.
OUTRAS DOENÇAS
Ivana também destaca que, além da dengue, o mosquito transmite a chikungunya e a zika. “Alguns estados
do Brasil estão apresentando alta nos casos de chikungunya. No Paraná, o município de Paranaguá,
por exemplo, confirmou nove casos da doença em maio. Portanto, a orientação de eliminar todos os focos
de água parada que podem se tornar possíveis criadouros do Aedes continua”, diz.
Os casos de zika
também reduziram comparados ao período epidemiológico anterior, passando de 263 para apenas cinco casos
em todo o Paraná. Ao contrário da dengue e da zika, os casos de chikungunya foram os únicos a aumentarem
no Estado, com um total de 73 confirmações. São 17 a mais do que no período de 2015/2016, quando
foram confirmados 56 casos.
Para evitar novas epidemias, a recomendação é de reservar ao menos um
dia na semana para realizar uma limpeza em casa e no ambiente de trabalho. O mosquito leva de três a sete dias para
se desenvolver do ovo até sua forma adulta, dependendo das temperaturas e da quantidade de chuvas, portanto uma semana
é o período de intervalo máximo para realizar as vistorias.
BOLETIM
Mais informações podem ser acessadas no site (http://www.dengue.pr.gov.br/). O último informe técnico foi publicado nesta segunda-feira (31). Entretanto, pode sofrer alterações, pois municípios têm até o mês de setembro para revisar e atualizar os dados.