A Secretaria de Estado da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba informaram nesta quarta-feira (29) que exames
clínicos e epidemiológicos descartaram a presença da doença no Estado até o momento
lique para ampliarEntrevista coletiva realizada na manhã desta quarta
(29). (Foto: SESA/PR)
Inicialmente houve uma suspeita de um tripulante de um navio procedente da China que desembarcou em Paranaguá.
O caso foi logo descartado, sem nem sequer ter sido notificado ao Ministério da Saúde. Na última terça-feira,
duas pessoas passaram a ser monitoradas em razão dos sintomas que apresentaram.
Um rapaz de 29 anos foi internado em um hospital privado de Curitiba com sintomas semelhantes aos causados pelo coronavírus.
Natural de Fortaleza (CE), ele estava na capital paranaense a negócios e buscou ajuda médica. Como havia passado
pela China nas últimas semanas, teve o caso notificado. A presença do vírus foi descartada ainda na noite
de terça, com diagnóstico de influenza B.
Outra situação investigada é de uma mulher de 23 anos, moradora de Curitiba, que retornou da China
no dia 5 de janeiro. Ela também apresentou sintomas do coronavírus e procurou uma Unidade de Pronto Atendimento
(UPA) da Capital, onde relatou a viagem. Como medida de precaução, foi internada no Hospital de Clínicas.
Clinicamente, o caso também já foi descartado em razão do período de incubação
e manifestação dos sintomas, que passa de 15 dias. Exames laboratoriais estão sendo realizados para que
haja notificação oficial ao Ministério da Saúde.
“Não há motivo para alarme. A população pode ficar tranquila. O Paraná está
atento e vigilante, com atenção redobrada para conter qualquer suspeita”, afirmou o secretário
de Estado da Saúde, Beto Preto. “Atuamos mais por precaução. Somente quando há essa correlação
de sintomas com a passagem pela China é que haverá a notificação, com exames complementares diagnosticando
a doença”, ressaltou.
Atenção
O secretário explicou que o Estado reforçou a atenção para impedir a presença do vírus
no Paraná. O Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) da secretaria foi acionado
e está à disposição 24 horas por dia. O grupo fará reuniões diárias para
monitorar as suspeitas da doença.
Além disso, destacou o secretário nesta quarta-feira (29) durante entrevista coletiva na sede da secretaria
em Curitiba, há um cuidado especial com os terminais de desembarque no Estado, como o Porto de Paranaguá e aeroportos.
Nesses locais, a secretaria atua em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fazendo
o controle dos passageiros.
Ele alertou que, como os sintomas do coronavírus são parecidos com o de outras viroses como a gripe ou
influenza, somente passam a ser considerados suspeitas as pessoas que estiveram na China ou tiveram contato com alguém
que esteve naquele país nos últimos 15 dias que antecedem o aparecimento dos sintomas.
Beto Preto reforçou também que o Paraná não é considerado região em nível
elevado de contaminação. “Neste momento não há nenhum motivo para preocupação”,
afirmou.
Nota informativa
No último dia 24 de janeiro, foi emitida uma Nota Informativa com recomendações para que profissionais
de Saúde adotem medidas preventivas, seguindo orientação da Organização Mundial de Saúde
e Ministério da Saúde.
A Nota Informativa destaca que é prudente adotar os cuidados básicos de higiene para reduzir o risco geral
de infecções respiratórias agudas.
Transmissão
Em humanos, o novo coronavírus pode ser transmitido pelas gotículas respiratórias, por tosse e espirros
em curta distância, sendo também transmitido por objetos contaminados. O vírus pode se disseminar no ar,
afetando principalmente pessoas com a imunidade debilitada.
No caso de sintomas sugestivos de doença respiratória, as pessoas devem procurar atendimento médico
e compartilhar o histórico de viagens. O período de incubação do vírus é de cerca
de 2 a 7 dias, podendo chegar a 16 dias.
Sintomas
Casos mais leves de infecção pelo coronavírus podem parecer como uma gripe ou resfriado. São
sinais comuns de infecção: febre, tosse e dificuldade respiratória. Casos mais graves podem evoluir para
pneumonia ou síndrome respiratória aguda grave.
Cuidados
Secretária Municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, informou que as recomendações
para prevenção e controle do vírus são muito semelhantes aos da gripe. Ela alertou para a necessidade
de se lavar frequentemente as mãos; cobrir nariz e boa ao espirrar ou tossir; usar lenço descartável
para higiene nasal; e manter os ambientes ventilados.
“Cuidados comuns que usamos no dia a dia. Lembrando que os postos de saúde da cidade estão à
disposição da população para evitar qualquer dúvida, desmistificando qualquer fake news
que por ventura pode ser espalhado”, ressaltou.
Presença
O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes, também participou
do evento.
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Secretário da Saúde reforça alerta contra a dengue
O secretário de Estado da Saúde Beto Preto aproveitou a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira
(29), que descartou a presença do coronavírus no Paraná, para voltar a alertar a população
para o combate da dengue no Estado.
Boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (28) revelou o aumento do número de morte por causa
da doença. O Estado registra agora sete óbitos por dengue, cinco a mais que o informe da semana anterior.
O número de casos confirmados também aumentou. Passou de 7.618 para 10.882 confirmações,
um acréscimo de 42,82% em relação ao boletim anterior.
Além disso, 198 municípios com casos confirmados para a doença. Desses, 34 estão em epidemia
e outras 26 cidades em situação de alerta.
Combate
Beto Preto destacou que o Governo do Paraná atua em várias frentes no combate ao mosquito vetor em todas
as regiões, coordenadas pelo Comitê Intersetorial de Controle da Dengue.
“Todas as secretarias estaduais e órgãos públicos, além de entidades da sociedade civil
organizada, participam das atividades de orientação sobre as medidas que visam, principalmente, a eliminação
dos criadouros do Aedes aegypti nos domicílios e imóveis públicos e comunitários”, afirmou.
O secretário reforçou o pedido para a população ajude a eliminar focos da proliferação
do mosquito, evitando água parada e cuidando da limpeza dos ambientes.
Fonte: SESA