23/05/2019

Palestrantes discutem contribuições da Medicina para redução do número de vítimas no trânsito

Primeira edição do Fórum de Medicina de Trafego do CFM, realizado nesta quinta-feira (23), abordou temas como distúrbios do sono e direção veicular

A contribuição da Medicina para evitar que o Brasil seja um dos campeões mundiais em mortes no trânsito foi um dos temas da primeira edição do Fórum de Medicina de Trafego do Conselho Federal de Medicina (CFM), que aconteceu nesta quinta-feira (23), em Brasília (DF). Além da redução da morbimortalidade no trânsito, o evento abordou tópicos importantes da especialidade, como distúrbios do sono e direção veicular.

clique para ampliarclique para ampliarFórum realizado pelo CFM nesta quinta-feira (23) em Brasília debateu formas de se reduzir a morbimortalidade no trânsito (Foto: CFM)
“Os números mostram que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e um fato se impõe: apesar dos avanços da legislação ao longo dos anos e também do aumento na fiscalização, especialmente após a Lei Seca, há necessidade de aperfeiçoamento das estratégias para tornar o trânsito brasileiro mais seguro”, pontuou o presidente do CFM, Carlos Vital, em sua fala de abertura.

Após comentar os números recém divulgados pelo CFM – que demonstram os impactos dos acidentes de trânsito para o Sistema Único de Saúde (SUS) –, Vital reforçou que os dados podem ajudar a entender a dimensão do problema. “Esperamos que essas informações orientem os debates deste Fórum, para que possamos, juntos, abrir caminhos de paz no trânsito brasileiro”.

Ao saudar os presentes, o corregedor do CFM e coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego, José Fernando Vinagre, destacou o engajamento dos membros dos componentes da Câmara. “A especialidade da medicina de tráfego tem uma inserção direta na sociedade e pode ajudar o País a combater essa epidemia de acidentes no trânsito”.

Além do presidente e do corregedor do CFM, também estiveram presentes na solenidade de abertura o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes Ferreira; o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Juarez Monteiro Molinari; e a presidente da Comissão Especial de Direito Médico e da Saúde da OAB Nacional, Sandra Frota Albuquerque.

Avanços e desafios

Durante a manhã, palestrantes de diversas áreas abordaram se voltaram para a questão “como a área da saúde pode contribuir para a redução da morbimortalidade no trânsito”. Um deles foi o consultor de segurança no trânsito da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), Victor Pavarino.

Em sua fala, ele destacou que, do ponto de vista legal, o Brasil cumpre com a maioria dos requisitos estabelecidos para os principais fatores de risco e proteção no trânsito como, velocidade, direção sob efeito de bebida alcoólica e uso de cinto de segurança, capacete para motos e mecanismos de retenção para crianças.

No entanto, segundo ele há particularidades em cada localidade, que são determinantes para o sucesso das iniciativas. “Os profissionais das áreas de saúde, trânsito, segurança pública e demais podem fazer um excelente trabalho intersetorial, ao qualificar as informações e definir o quadro de acidentes e as intervenções necessárias. Mas cabe aos gestores locais investirem efetivamente em medidas necessárias, com os custos políticos e financeiros que isto implica”, disse.

Integração 

Cheila Marina de Lima, coordenadora-geral de Vigilância de Agravos e Doenças não Transmissíveis do Ministério da Saúde, apresentou a experiência do Programa Vida no Trânsito. A ação consiste numa iniciativa voltada para a vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde, em resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito 2011 – 2020.

O programa tem como foco a intervenção em dois fatores de risco priorizados no Brasil: dirigir após o consumo de bebida alcoólica e velocidade excessiva ou inadequada, a partir das análises dos dados e enfoque científico. “A magnitude das lesões e mortes no trânsito na civilização humana é crescente e os custos econômicos e sociais decorrentes se avolumam e tornam-se um problema de saúde pública. É preciso promover estratégias integradas, especialmente no meio urbano”, pontuou

Fonte: CFM

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