29/03/2011
PROTESTE considera legítima manifestação contra honorários pagos por consultas
PROTESTE considera legítima manifestação contra honorários pagos por consultas mas alerta que atendimentos de urgência
devem ser garantidos
A PROTESTE Associação de Consumidores orienta os consumidores que têm consultas agendadas para 7 de abril, quinta-feira,
Dia Mundial da Saúde, a fazer contato com o médico. Deve checar se o profissional vai aderir a mobilização nacional de protesto
contra os planos de saúde, que promete suspender o atendimento em todo o País. Se for o caso deve reagendar o atendimento.
E quem ainda não marcou a consulta deve procurar outra data para evitar transtornos.
Para a Associação é legítima a manifestação dos profissionais que reclamam dos honorários pagos por consultas e outros
procedimentos, mas precisam ser garantidos os atendimentos de urgência. A queda de braço entre operadoras de planos de saúde
e médicos não pode prejudicar os atendimentos de urgência e emergência aos cerca de 45 milhões de usuários do sistema suplementar.
São 160 mil profissionais de medicina que atribuem a mobilização também a defesa da prática segura e eficaz da medicina
e por mais qualidade na assistência aos cidadãos. Em São Paulo, os médicos farão um ato público, com passeata, que contará
também com a participação de representantes dos pacientes e demais segmentos da sociedade civil organizada. Ela se iniciará
na sede da Associação Paulista de Medicina (APM) - Rua Francisca Miquelina, 67 (estacionamento) - com destino à Catedral da
Sé.
Os médicos justificam que a mobilização não visa exclusivamente questões econômicas, mas também a melhoria na prestação
de serviços aos pacientes. O protesto será também pela forma desrespeitosa com que os médicos e pacientes são tratados pelas
empresas que atuam no setor.
Conforme a PROTESTE detectou em pesquisa, que depois foi confirmado por levantamento do Instituto Datafolha, os usuários
de Planos de Saúde chegam a esperar até três meses para a marcação de uma consulta em algumas especialidades e sofrem com
a interferência e restrições.
A interferência dos planos de saúde ficou consubstanciado na recente pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha junto
a Classe Médica, que revela que 92% destes profissionais reclamam que as Operadoras de Saúde interferem nas condutas de diagnósticos
e de tratamentos dos seus pacientes, ao recusar procedimentos que só ao médico assistente caberia decidir se são ou não necessários.
Para a PROTESTE o desgaste dos usuários de planos de saúde que, em muitos casos, amargam meses na fila para conseguir
atendimento, só acabará se a ANS tiver como controlar o cumprimento das regras a serem fixadas quanto a prazos máximos para
atendimento aos usuários, como a realização de consultas, exames e internações.
Fonte: PROTESTE