17/05/2011
Ortopedistas aderem à campanha da ONU contra violência no trânsito
A violência no trânsito deixa um saldo trágico de 35 mil mortes por ano no Brasil. Para tentar reverter esse quadro, a Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) se aliou à Organização Mundial da Saúde (OMS) e às Nações Unidas na Década
para um Trânsito Mais Seguro, iniciada no dia 11 de maio. Ao todo, são 1,3 milhão de mortos e 40 milhões de feridos no mundo,
metade deles vítimas de atropelamentos.
O coordenador da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT, Paulo Lobo, ressalta que a imprensa sempre destaca o número de
mortos e feridos, mas nunca aponta os casos de mutilação e invalidez que causam tanto sofrimento e oneram as famílias e o
governo com longos programas de reabilitação. Integrada por 10 mil ortopedistas, a SBOT firmou parceria com a Frente Parlamentar
do Trânsito Seguro para fortalecer ações de educação para o trânsito, engenharia de tráfego e fiscalização.
"No Paraná, a idéia inicial é divulgar nos meios de comunicação a importância da diminuição do número de acidentes", explica
o presidente da seção paranaense da SBOT, Marcelo Abagge. A SBOT-PR também vem atuando em parceria com a Diretoria de Trânsito
(Diretran) da Urbs (estatal municipal que gerencia o trânsito e o transporte na capital), a Secretaria Municipal da Saúde,
os batalhões de Polícia de Trânsito (BPTran) e de Polícia Rodoviária da Polícia Militar do Paraná, o Departamento de Trânsito
do Paraná (Detran), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate).
A parceria se dá por meio do programa Vida no Trânsito, que está presente em dez países e em cinco capitais brasileiras, buscando
soluções para tornar o trânsito mais seguro.
De acordo com números da Urbs, Curitiba tem uma das maiores frotas do país, com média de 1,6 veículo por habitante. Apesar
de a frota ter crescido 68% entre 1999 e 2009, o número de aidentes na capital caiu 45,7% no mesmo período, com 24.212 ocorrências
em 2009. Naquele ano, 72 vítimas morreram no local, queda de 42,1% em relação à quantidade registrada em 1999. O número de
feridos caiu 40,6%, passando para 7.286.