25/08/2008

Oito são presos acusados de venda ilegal de remédios pela internet


A Polícia Federal no Paraná prendeu na última sexta-feira, dia 22 de agosto, em Curitiba, oito suspeitos de integrar uma quadrilha que vendia ilegalmente remédios de uso controlado pela internet aos EUA, Canadá e Europa.
O grupo, diz a PF, atuava desde 2003 e movimentava em torno de US$ 300 mil por ano (cerca de R$ 500 mil). A operação, batizada de Tarja Preta, prendeu funcionários de cinco farmácias e de uma distribuidora de medicamentos, além de um traficante apontado como líder.

Segundo a PF, a quadrilha enviava remédios psicotrópicos (que agem como calmantes ou estimulantes) restritos, que só podem ser vendidos com receita médica. De acordo com Altair Menosso, da PF no Paraná, os remédios eram vendidos para pessoas que não precisavam de tratamento. "São altamente restritos no exterior. Alguns nem são vendidos fora", disse. O remédio mais enviado para o exterior era o OxyContin (nome comercial), receitado para tirar a dor de pacientes de câncer.

Os medicamentos eram negociados em grupos de discussão na internet e remetidos por correio camuflados em cartões ou em embalagens de vitaminas. O pagamento era feito por meio de um sistema de transferência internacional de fundos.

As investigações começaram há três meses, a partir de informações repassadas pela DEA (Drug Enforcement Administration), agência americana de combate ao narcotráfico. Sexta (22), a PF apreendeu dez veículos, uma motocicleta, R$ 22 mil e ao menos 2.000 comprimidos.

Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e falsificação de medicamentos.


Fonte: Folha de São Paulo .

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